Wilmer.

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- Eu nem acredito que você está aqui novamente, Bricia. Não sabe como foi doloroso para nós o que houve. Tivemos que nos conformar com uma morte que não foi sua. - beijei a sua mão. - Agora sinto compaixão por aquele cadaver, mas agradeço a Deus por tê-la viva. Eu não tenho palavras para descrever o que estou sentindo. Mas eu quero que saiba que eu te amo muito. - solucei, não conseguia mais segurar o que quase matou por anos. - Que eu vou tentar ser o melhor pai do mundo. Que farei tudo o que me pedir.

Eu nunca pude chorar a perda da nossa filha, Demi precisava que eu me mantivesse forte para apoiá-la.

- Pai...- ela também soluçou. Me abraçou forte. - Is-so Vo-cê já é!

Ficamos assim, abraçados e chorando. Era tanta felicidade que não cabia em meu peito. Enquanto eu estivesse vivo e com saúde eu a protegeria de tudo.

Quando estávamos mais calmos nos separamos do abraço e sorrimos um para o outro, enxuguei suas lágrimas e ela fez o mesmo comigo.

- Eu sentia que tínhamos uma ligação muito forte, mas nunca imaginei isso...eu te prometo recompensar de algum modo todo esse tempo perdido. Eu vou te fazer rir todos os dias, eu só quero que seja feliz. - novamente ela me abraçou e afaguei suas costas. Ao nos separarmos, ela olhou o local confusa e perguntei se ela estava bem.

- Chris...- ela baixou o olhar. Sei que queria chorar.

O procurei e ele não estava ali. Estávamos tão envolvidos com o momento que não reparamos que o mesmo havia saído.

- O que pretende fazer?

- Eu prefiro conversar só com ele...desculpe. - ela sussurrou.

- Ok. E..- engoli em seco. Ela me encarou e estava com o cenho franzido.

- E o meu filho? - ela perguntou, ríspida. - O que tem ele?

Merda! Eu iria estragar tudo mas eu precisava falar.

- Eu não sei como falar isso...

- Apenas fale!

- Merda...eu não sei outro modo de falar isso...mas eu só estou pensando no seu nem. - ela franziu o cenho. - não vai ser saudável você ter esse filho. Ele pode nascer com algum problema e...- senti minha face arder.

Ela havia me dado um tapa e estava bufando de raiva.

- Saía! - ela falou rispidamente. - Eu esperava ouvir isso de qualquer pessoa, necessariamente a sem coração da Demi, mas de você não, Wilmer.

- Eu...me desculpe filha! Só estou com medo...

- Saía! Eu quero ficar sozinha.

O melhor era fazer o que ela pediu. Eu havia fodido tudo, mas eu sentia muito medo que algo desse errado e a perdêssemos para sempre. Saí dali e ao fechar a porta me encostei na parede.

- O que houve?

- Eu sou um babaca! - falei baixo. - Eu só estou com muito medo e acabei fodendo tudo. Cuide dela!

- Ta bem?

- Por que saiu do quarto?

- Vocês precisavam desse momento.

O puxei para um abraço. Mas do que nunca me sentia arrependido por ter perdido a cabeça e ter o agredido.

- Perdão, filho! - o abracei mais forte. Sentindo minhas lágrimas descerem pelo meu rosto.

- Eu te amo, pai!

Logo nos separamos e pedi que ele cuidasse dela. Ele entrou e eu segui para o quarto da Demi, antes de entrar limpou meu rosto e respirei fundo. Bati na porta e a abri um pouco.

- Posso entrar?

- Não/ Sim. - ambas disseram juntas e fiquei confuso.

- PODE ENTRAR! - Rissa berrou.

- Rissa não...- ouvi Demi dizer, fiquei surpreso ao ver Demi de roupão e cabelos molhados. Simplesmente perfeita e linda.

- Bom, eu vou deixá-los. Tenho ligar para o meu maridinho. - ela se afastou e Demi a chamou.

- Rissa...

- Deixe de viadagem, Demetria. Aí não tem nada do que ele já não tenha visto e...- ela sorriu sacana. - Ajude-a! Seja um bom cavalheiro. Até! - ela partiu e ficamos nos encarando sem dizer absolutamente nada por alguns minutos.

- Willy...Valderrama é melhor você sair e...- me aproximei e a calei com um beijo intenso.

RAPTADA / 2 TEMPORADA.Onde histórias criam vida. Descubra agora