RAPTADA / 2 TEMPORADA.

Isa.

- Nunca se atreva a encostar em mim. - falei entre dentes.

- Wilmer ficará sabendo disso menina mimada e louca.

- Ótimo! Eu não tenho com o que me preocupar, agora você...- sorri falsamente.

- Eu o que garota?

- Todos saberão a vadia que você é. Sei que teve um caso com o melhor amigo do seu marido. - ela ficou tensa e pálida. - Meu pai e todos ficaram desapontados com você. E tenho certeza que seu marido não vai perdoá-la.

- Isa, por favor...- ela abaixou a cabeça. - Não faça isso, por favor. Eu juro que não temos mais nada.

- Eu não vou te garantir nada. Alias...eu posso ficar de bico fechado, porém, vai depender de você.

- O que tenho que fazer?

- Pedir desculpas a minha mãe na frente de todos.

- Isso nunca. - ela falou, me encarando novamente.

- Ok, você que sabe. - dei de ombros.

Ouvi a buzina e a soltei. Segurei a mão do Noah e fomos nos afastando.

- Isa...- não virei. - Eu faço.

Seguimos para o carro, Liam abriu a porta para que Noah e eu entrássemos no carro e logo fez o mesmo, dando partida. Coloquei o cinto de segurança no Noah e fui para o banco da frente.

- O que houve?

- Tudo ta uma merda, Liam. - choraminguei. - Meu pai vai me colocar contra a parede ao voltar da viagem. - apertei meus punhos. - Ele vai atrás do meu pesadelo.

- Continue.

- Eu a odeio!

- Quem você odeia? - Noah perguntou.

- Bricia. - falei entre dentes.

- Quem é Bricia?

- É uma maldição. - falei com fúria.

- Isa...controle-se!

- EU A ODEIO! EU QUERO QUE ELA MORRA!

- Isa...

- CULPA DELA A MINHA MÃE ME ODEIA!

- Isa...- Noah choramingou.

- CALA-SE PIRRALHO!

- Estou com medo de você.

- Controle-se Isa! Respire e inspire. Estou aqui para ajudá-la!

Liam falou, apertando a minha mão. Liam era o meu psicologo - desde os meus 11 anos que ele me ajuda, primeiro como estagiário e agora já formado - porém, ele havia se tornado meu melhor amigo, ele sempre me ajudou e agora mais que tudo eu preciso dele.

Fiquei em silencio até chegarmos ao seu apartamento. Noah acabou adormecendo, peguei nossas bolsas e Liam pegou-o no braço e seguimos para o seu apartamento. Ao entrarmos Liam levou o Noah para o seu quarto e logo retornou. Ele sentou no sofá e me chamou, larguei as bolsas no chão e sentei ao seu lado, ele me abraçou.

- Sei que não é o momento, mas eu preciso saber se você tomou ou tem tomado seus remédios?

- Hoje não. - suspirei. Eu havia esquecido.

- Ok! Mas não esqueça de tomar ainda hoje.

- Ok! Agora pode me emprestar seu ombro amigo? - ele sorriu, assentindo. - Juro que quero sumir.

- Isso vai adiantar alguma coisa?

- Vai. Ninguém vai sofrer ou se importar com isso.

- Tem certeza?

- Claro.

- Eu me importo, Isa. - encarei seus olhos. - Você é especial!

- Ok, eu esperava isso de todos, mas de você não. - levantei, cruzando os braços.

- Isso o quê?

- Essa mentira que acabou de dizer.

- Não é mentira! Eu posso provar! - ele me puxou, me fazendo sentar em seu colo e logo me beijou. Liam me afastou e levantou, andou de um lado para outro, parecia arrependido.

- Inferno! Isso não devia ter acontecido.

- Por que?

- Eu sou seu psicologo,Isa. É errado!

- Seria errado se eu não quisesse. Você teve a minha permissão, caso contrário, eu teria te empurrado. - revirei os olhos.

- Isso não vai mais se repetir.

- Não seja um covarde! - berrei.

- Não sou...

- Então, deixe rolar! - sorri. Levantei e fui ao seu encontro.

Antes que ele dissesse algo, eu o beijei. Conversaríamos depois, os amassos eram bem mais interessantes agora.