Christian

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- Juro que não aguento mais, Chris. Você sempre me culpa, você me faz chorar todos os dias, eu tenho feito ou tentado fazer o meu melhor, eu tenho me desdobrado para ficar com você, cuidar de você, eu tenho aceitado suas humilhações, o seu desprezo, sua agressividade, aguentei anos ao seu lado e você nunca me amou de verdade, eu sei que me traiu com a Bricia, sei que a única que você ama,  é Ela. Eu te amo, eu tentei sempre te dá o meu melhor, eu não sei o que houve na sua última ida lá, mas você não voltou o mesmo. Eu te traí, eu me arrependo muito, foi minha culpa, mas sua também. Havíamos perdido um filho, eu não sabia como ser a mesma de antes, estava doendo, você tentou me ajudar, mas eu não conseguia voltar ser a mesma, era uma dor profunda, e no único dia que estava precisando de você para tentar seguir em frente, você chegou bêbado, deitou comigo e me chamou de Bricia, você não sabe como me senti, foi aí, que aconteceu a traição, ele me beijou e num momento de fragilidade aconteceu. - ambos choravamos, aos soluços.

- Eu não lembrava disso...me desculpe.

- Chris... eu só quero o melhor para você. Eu estou aqui para você, para nós, mas nessa situação, eu não estou mais aguentando. Estou esgotada! Eu te amo, mas não vou ficar ao seu lado se não quiser. - ambos estávamos abraçados e chorando.

- Eu não quero magoar você. Não mais.

- Quer que eu vá? - ela foi se desfazendo do abraço.

- Eu não sei... parece tudo tão confuso.

- Entendo...

- Só me perdoe?

- Quero que me perdoe também.
A abracei e ela me ajudou a tomar banho e logo, me ajudou a ir para o quarto. Foi ao closet  e logo voltou, em um roupão. Trouxe uma roupa para mim e me ajudou a me vestir. Coisa que ainda me deixava constrangido.

- Desculpe!

- Tudo bem. - Ela sorriu, e logo, seu olhar percorreu pelo quarto.

Ela foi até o objeto e o trouxe até a mim, revirei os olhos.

- Quero que ao menos tente. Tem três semanas isso aqui encostado. Callie não irá gostar de saber disso.

- Eu não suporto isso.

- Por favor!

Resolvi ceder. Ela me ajudou a colocar a prótese e em seguida me ajudou a levantar.

- anda!

Ela se afastou, sorriu para mim e ficou na expectativa, apesar de me incomodar, não foi tão difícil. Ela sorriu, como á muito tempo não fazia. Fui em encontro a mesma e a abracei.

- muito bem. Demi ficará feliz! -suspirei.

- Não acha que está na hora de chamá-Los pra visitá-lo? Não é bom ficar trancafiado.

Ela tinha razão.

- pode marcar um almoço?

- Claro.

Acabei lhe dando um selinho, o que a fez ficar surpresa.

- Desculpe.

- Tudo bem... só foi estranho.

- Entendo.

- Acho melhor ir me vestir, e fazer algo para comermos.

- seria muito bom.

Ela sorriu, me ajudou a ir até a cama e se retirou, indo ao closet. Levantei, não era tão ruim, eu iria tentar. Caminhei até a cozinha e fui diretamente a geladeira, iria preparar algo para comermos. Enquanto preparava alguns sanduíches, as palavras de Lucy martelavam em minha cabeça, me sentia péssimo.

- Que bom que resolveu tentar.- Lucy falou, sentando na cadeira.

- É. - falei constrangido, e me sentindo culpado. - Me desculpe!

- Tá tudo bem!

- Por que permitiu que eu a maltratasse todo esse tempo?

RAPTADA / 2 TEMPORADA.Onde histórias criam vida. Descubra agora