— Me diz porque você não aceitou trabalhar na Diretoria mesmo?
Dou risada e giro na cadeira do meu escritório.
Assim quando o Blake tentou sair da bendita cama sem me acordar, eu liguei as minhas belas anteninhas e descobri que ele ganharia muito dinheiro. Muito mesmo. Com um carregamento desconhecido. Como eu o avisei mais cedo, resolvi entrar no seu escritório e revirar o que eu pude.
Entretanto, parecia que nem ele sabia o que estava levando.
O que era compreensível já pela quantia exorbitante que iria receber.
Aí me despedi do Enzi, tomei um coquetel de analgésicos e estou nova em folha, só com um incômodo vocês-sabem-onde. O que é normal já que o pênis do Blake era do tamanho do próprio ego.
Enorme, mas nada que eu não aguente.
Ajusto o headphone e digito o login do sistema.
— Eu não aceitei porque me tirariam de campo e me deixariam numa sala, sem fazer nada. — revirei os olhos e percebi a merda que acabei de falar. Droga de língua grande! — Não que ficar em uma sala seja ruim, Mel, é que...
Melina ri e eu solto o ar, aliviada.
— Relaxa. Eu gostava da adrenalina de estar em campo, mas ainda prefiro minha sala. Pelo menos sei que vou acabar o dia inteira e sem nenhum tiro, facada ou hematoma. Enfim. Conseguiu acesso para as informações dos Reich?
Bufei, abrindo o sistema e mexendo em alguns hologramas do planejamento de carga que o Gabriel fez mais cedo. Não tinha uma informação sequer sobre quem executou o pedido ou o conteúdo e tenho que admitir, federal algum olharia para aqueles caminhões. Não levantava uma única suspeita e, se fosse aberto para análise, só iria ser visto alguns sacos de batatas, legumes e grãos típicos daquela região do interior. A verdadeira mercadoria estava implantada nos bancos, motores, lataria — de uma forma que eu mal suspeito como foi posta ali.
Era genial.
E ilegal.
— Vocês tem um bendito agente infiltrado lá e ele mal passa as informações? — perguntei, me referindo ao Eric. Pelo que eu me lembrava, ele era um dos melhores agentes. Várias da coisas que eu faço, aprendi com ele.
— Ele passa, mas para manter o disfarce precisa "trabalhar" como chefe de segurança lá. E você sabe como aqueles irmãos são paranoicos com isso. Eles até têm uma frota de cães de guarda. Agressivos. Daqueles gigantes. Se brincar, aqueles caras importaram até ninjas para a segurança pessoal. — ressaltou e eu meneei a cabeça com o exagero.
Todos, com exceção de mim, tinham medo dos Reich.
Eu só via dois garotinhos mimados que ganharam a fama de assassinos cruéis, porém, construíram o Império que têm tijolo por tijolo, ao contrário do Blake, que é apenas um menininho que aprendeu uns truques e ganhou vários presentes do papai.
Saio do sistema e giro a minha cadeira, levantando com pesar.
Eu estava com um pouquinho de preguiça hoje.
— Eu ia visita-los ontem, tentar arrancar alguma coisa. — falei, entrando no elevador e digitando uma série de números sequenciais. O lugar estancou e logo entrou em movimento. — Você ainda não ajeitou essa coisa? — grunhi. — Já te avisei que se eu ficar presa aqui, eu abro a porra dessa porta com uma granada.
Ela riu.
— Por que não foi ontem?
Sorri maliciosa, lambendo os lábios.
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7 PRAZERES CAPITAIS - As Whiter's
ChickLit#3 LUGAR EM AÇÃO (07/04/2019) #5 LUGAR EM AÇÃO (05/04/2019) RENDA-SE AO FOGO DO PRAZER. ANTES, Uma adolescente gorda; Um garoto estúpido; Uma amizade improvável - e talvez por interesse?; Uma decepção imensa e já esperada. A...