Capítulo 76 · Gabriel Blake ·

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Escutem e entrem no clima do nosso querido Blake:

— Você deveria estar com a sua querida... — ele para, rindo — Sua o quê mesmo? Porquinha de estimação? — num ato rotineiro, lancei meu punho em seu rosto, querendo tirar aquele sorriso idiota da cara dele, porém ele apenas o alargou ainda mais, com a boca suja de sangue — Eu fiz tudo para você, seu ingrato. Por você e por ela — rosna. 

Não consigo evitar uma gargalhada.

Você arrastou ela para as Bahamas! Enlouqueceu e me deixou no poder! — ajeito o soco inglês nos dedos, fitando-o nos olhos. — Ela só foi porque te amava! E a fez acreditar que eu era um tipo de monstro incontrolável! — grito, socando-o novamente. 

Eu enlouqueci? — cospe o sangue no chão — Eu te vi bêbado depois do seu baile de formatura, debruçado e com o corpo de duas prostitutas no chão. Qualquer pessoa comum estaria com remorso e assustado... Você estava rindo! E depois isso só aumentou... Lembra, filhinho? — fecho os olhos com força, tentando combater as lembranças ruins — Após essa ocasião as coisas só pioram, você sumia e voltava feliz, eu resolvi te observar... Sua mãe? Ela dizia que o garotinho dela nunca seria capaz disso... Mas, eu enxergava além, não te vi como uma aberração... Você manipulava todos ao seu redor... Até aquela velha resolver te dar amor e o rubi. 

— Não fale assim dela! 

— Ela se juntou com a Martha, numa tentativa de conter o homem forte que eu estava criando. O trato que fiz com os Reich dias antes de uma batida do FBI conseguir os pegarem estava valendo e você mais empolgado que nunca... Te mandei para os melhores professores, você aprendeu a não deixar rastros e porquê precisava daquilo... — faz uma cara de nojo — Até as duas intervirem. Você passou um bom tempo apenas cuidando dos reais negócios da família e sem pegar o que realmente lucrava para nós: As mortes. Mesmo depois que ela morreu, aquele maldito rubi parecia um lembrete de amor.  Até você o perder... — sorri, erguendo as sobrancelhas — E para a garota que diz amar hoje.

— Cala a boca — respiro fundo. 

Eu deveria estar com a Emma, no hospital, olhando-a, esperando-a acordar. 

Ela podia ter morrido! E por causa dele! 

Sempre por causa dele.

Graças ao Enzi que conseguiu acertá-lo na perna, mas, consequentemente, fazendo-a tropeçar e quase cair.  

— Ambos sabemos que me socar não vai fazer nada acontecer — diz e me olha — E nem adianta me fitar com esses olhos pegando fogo. Você não têm estômago pra isso. E já sou imune a esse tipo de olhar, eu o encaro todo santo dia quando tranco a porta do quarto da sua mãe — jogo minha mão contra o queixo dele, escutando a risada ecoar por todo o ambiente.

— Você vai apodrecer aqui! — A Melina havia conseguido, com os contatos do Keller - que está em coma induzido pois perdeu muito sangue -, acesso a uma das "prisões" da Interpol, o que significa que estamos praticamente fora do mapa. — Com comida ruim e... 

Ele revira os olhos.

Não vou ficar aqui — bufa, a cadeira de madeira onde ele estava amarrado era a única coisa que tinha na sala branca — E quando eu sair, vou matá-la. Ela e a criança que está carregando, vou te dar a dádiva de não cometer o mesmo erro que eu e ter um mini monstro... — engulo as palavras, tentando controlar a raiva que começou a ferver dentro de mim. — Antes de matar, vou aproveitar cada centímetro daquele corpo... Lembra daquela sua ex namorada que adorava visitar o meu escritório enquanto você treinava? — Call solta um gemido falso, meneando a cabeça de forma aprovativa — E pelo que eu vi, para conseguir dominar um maluco como você, ela deve ser insana na cama... 

7 PRAZERES CAPITAIS - As Whiter'sOnde histórias criam vida. Descubra agora