Capítulo 83 · Emma Karson ·

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É definitivo e oficial:

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É definitivo e oficial:

 Eu devo ter um parentesco com Afrodite ou essa deusa gosta muito de mim, porque... Caralho, pra quê tanto homem bonito? Não existe um limite, não? Vou acabar virando cardíaca! 

Porra, até o meu ginecologista, além de ser bonito, parece que gostou de mim! 

Sou doce, por acaso? 

E acho que escutei o Blake rosnar há uns segundos...

— A Doutora Ângela não é muito fã de atrasos, diz que responsabilidades devem ser assumidas de forma completa e... — os olhos azuis piscina me analisam de cima abaixo. É, eu meio que não estou vestida para a ocasião.  — Veio de algum lugar, senhorita... — olha a prancheta e me lança um sorriso torto de parar o transito — Emma Karson. Bonito nome, apesar de ter o Rachel no meio...

Enrugo a testa, já me preparando para fica irritada, mas ele logo se corrige.

— É que a minha ex-noiva se chamava Rachel... — explica e eu solto o ar.  Ok, isso não seria de todo mal. — Não se preocupe, se quiser uma doutora mulher, se sinta livre para trocar... — diz. Eu abro a boca, mas já estou sendo puxada para o lado de fora.

— Tenha um bom dia Dr. Lee-sei-lá-o-quê, nós já estamos indo fazer a troca... — Gabriel se despede e eu reviro os olhos, me desvencilhando dele. — Emma? — me encara e eu dou de ombros.

— Quais são as sua formações? — cruzo os braços para o Doutor que ergue uma única sobrancelha, sorrindo. — Preciso me informar antes de fazer o que tiver de ser feito... 

— Tenho uma especialização a mais que a Dra. Ângela. Fiz na Inglaterra e voltei para a minha querida Washington. — riu e eu sorri de canto. Andrew parecia gostar do que faz, não só pelo modo que ignorava os grunhidos do Blake, mas também pela paixão que transmitia ao falar de suas conquistas... 

Muito bom — aquiesço, surpresa — Não é muito novo para tanto tempo estudando? 

Ele me lança uma piscadela.

— Comecei cedo. 

Emma... — Gabriel continua e eu suspiro, ajeitando os ombros.

— Bem, ficamos com você. Por que não, certo? — digo e o Dr. Lee parece cintilar. 

Emma Karson! — aquela bendita criatura grunhe novamente e eu me viro, aproveitando que o Andrew está anotando algumas coisas na prancheta. — O que está fazendo? — sussurra.

Bufo.

Dá para se garantir mais no seu taco, Blake? — reviro os olhos — Não é porque ele é bonito que eu vou abrir as pern....— me interrompo, soltando uma risada ao perceber a ironia do que eu iria dizer. — Ok, só se controle e sem chiliques, por favor... — peço, sustentando aquele olhar negro antes de ir trocar de roupa e pôr uma daquelas camisolas sem graça do hospital. 

— Pronto. — saio, resmungando baixo e me sento com cuidado na maca. 

— Bem, o doutor que lhe encaminhou disse que esses dois bebês necessitam de um cuidado maior... Alimentação, repouso... — leu na folha e me fitou, olhei para cima, assoviando uma musiquinha. Não queria mentir para esse deus grego logo de cara, tenho que pelo menos tentar ser honesta. Não consigo ficar quieta mesmo. E estresse é o meu sobrenome.  — Já fez alguma ultrassom? 

Gabriel solta uma risada nasalada, ainda de braços cruzados e uma expressão carrancuda.

— Nem uma, estava cogitando acorrentá-la e arrastar para o hospital — reclama e eu reviro os olhos, achando isso exagero. 

— Na Idade Média ninguém sabia o sexo ou precisava dessas coisas e as crianças nasciam saudáveis e muito bem obrigadas! — defendo meu ponto de vista, erguendo o queixo e escutando a risada do Dr. "Dentes-Perfeitos". — O que foi? — pergunto, semicerrando os olhos. 

— Você falou corretamente, Srta. Karson... — descansa a prancheta na mesinha e lava as mãos, para pôr a luva. — Na Idade Média, agora nós temos acesso a essa tecnologia e é muito melhor poder monitorar esse milagre que é a gestação, do quê ficar as cegas e morrer de ansiedade. — sorri e eu até considero um pouco o que ele disse. — Pode levantar a camisola, por favor? — vem com o gel e, despreocupada, levanto o tecido, só lembrando de um pequeno detalhe no fim... 

Ambos pigarreiam olhando a minha calcinha preta de renda e cintura média.  

Finjo que não fiz nada e continuo achando o teto branco extremamente interessante. Me assusto um pouco com o gel gelado contra a minha pele e sinto a mão do Blake na minha, olho para ele, sorrindo fraco. Pelo menos isso estava me dando, o apoio necessário. Já estava sentindo a agonia da ansiedade me corroer... 

Andrew se senta na cadeira de rodinhas, mexendo na máquina, rodando para um lado e para outro, quase me deixando zonza. 

—  Prontinho... Eu posso? — vem com a pequena máquininha que parece um mini massageador. 

Fito o Blake que assente veemente, repito o gesto e calmamente, o Dr. Lee faz seu trabalho, passando aquilo sob a minha barriga. Olho a tela, ansiosa e pouco a pouco, a imagem vai tomando nitidez. Lágrimas vem aos meus olhos e noto os olhos negros do Gabriel também marejarem. 

— Esperem, vou aumentar o volume... — roda a cadeira e logo todo o quarto é preenchido por dois ritmos de batidas, que logo viram uma só... Enrugo a testa, preocupada e vejo o Andrew sorrindo largo. — Os corações estão batendo em conjunto... Esses bebês vão ser muito ligados, viu... — diz. 

Eu soluço copiosamente, apertando a mão do Blake. 

Eles são meus! Estão crescendo de maneira saudável na minha barriga! 

— Vamos lá... — Ele desce a máquina apontando para a tela — Eles estão bem perto, mas não dividem a mesma placenta.. — não estava associando nada, só chorava de felicidade, porém o Blake parecia hipnotizado — Quem quer saber o sexo? — pergunta e o Blake me olha, sorrindo largo... — Esse aqui é... — sobe a máquina, apontando para ao lado direito e ri — Um meninão!

Gabriel arregala os olhos, rindo alto. 

Um menino!!!! — comemora e eu dou risada, imaginando um belo garotinho de olhos negros e sorriso faceiro como do pai. — Eu te disse que vinha um garotão Blake por aí! — levanta, fazendo uma dancinha ridícula. Meneio a cabeça, esperando o Andrew se localizar para nos dizer o sexo do outro bebê... Mordo os lábios, ansiosa, apesar de já ter um pouco de certeza. 

Coisa de mãe, sabe... 

— E esse daqui... — aponta para o que parece estar chupando dedo, Blake aperta minha mão e eu o olho — É uma menininha! Parabéns, pais! — eu gargalho e quando vou fazer a mesma coisa que o Blake, escuto o baque no chão que quase leva a minha mão junto. 

— Gabriel?! — me assusto e relaxo ao ver o que aconteceu. Já era esperada essa reação — Isso já está virando rotina... — reviro os olhos ao fitar o corpo inconsciente do pai da minha menina e do meu menino no chão, desacordado e perplexo, provavelmente prevendo o trabalho que vai ter com a mini Karson  e eu com o mini Blake. 

7 PRAZERES CAPITAIS - As Whiter'sOnde histórias criam vida. Descubra agora