"Quem desdenha, quer comprar"
— Dito Popular.
5 ANOS ANTES.
— Eu te dou dois segundos para descer desse caminhão.
— Mas, senhor...
— Agora.
Puxo o braço do idiota, vendo ele se encolher.
Eu odeio quando tenho que agir assim.
Mas nesse ramo, essa é a realidade.
— Você mexeu no carregamento para dar uma das caixas aos irmãos Riech? — Pergunto uma única vez, meu tom de voz é controlado, mas por dentro a fúria ferve em meu sangue.
Ele fica inquieto e desconfortável.
Na verdade, isso tudo é apenas uma atuação retórica. Eu sabia que ele tinha mexido e estou a uns dois segundos de sufocá-lo, arrasta-lo como uma bactéria repulsiva para se humilhar aos pés dos irmãos Reich e recuperar a minha mercadoria. Ainda não sei como ele realmente pensou que poderia fazer isso e eu não iria saber.
Eu sei de tudo que acontece aqui.
Faço questão de verificar cada carregamento.
E todos os meus veículos tem câmeras em seus compartimentos.
— Preciso repetir? — Semicerro os olhos enquanto estalo o pescoço. O imbecil parece entender o que vai acontecer porque arregala os olhos e engole a seco, com o olhar vagando rápido de um lado para o outro e, obviamente, procurando uma saída. O que, para o azar dele, não tinha. É aquele dizer popular, "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come".
E se não estiver claro, nessa metáfora, o bicho sou eu.
— Veja só, Joe. — Respiro de forma profunda. — São três e pouca da manhã, eu tive que me acordar, tirar a minha McLarem da garagem, só para olhar essa sua cara mentirosa e nojenta de perto. — Estalo cada dedo, um por um, mexendo nos meus anéis. Um soco com eles deixaria uma bela marca. — Isso me deixou mau-humorado. — Meu sorriso não é uma coisa legal de se ver agora. Era o sorriso que, aqueles que já viram chamam de "prenúncio do martírio". A dor e sofrimento que vinha logo após desse meu entortar de lábios, não era indicada para nenhum ser humano — Muito mau-humorado.
Ergo o punho e no exato momento que vou lançar um soco contra o maxilar do filho da puta, meu celular toca. O nome que aparece no visor é odo Philip, meu sócio e irmão de consideração. Nos conhecemos no colégio e bem, somos praticamente unha e carne.
O problema era a estranheza do telefonema.
Phillip me ligar há essa hora? O que houve?
Ele devia estar desfrutando do seu pseudo-harém e não me "acordando" de madrugada.
Mas, ok.
Olho pro sujeito à minha frente, erguendo um dedo.
Ele estremece e eu bufo.
Realmente pararam de fazer homens corajosos. Eu, se estivesse no lugar dele, teria arrumado um jeito de escapar, nem se fosse virando uma toupeira e fazendo um buraco no chão.
— Não ouse se mexer, porque não adianta correr. Meu carro e eu vamos te alcançar até no quinto dos infernos. — Alerto, puxando o aparelho do meu bolso e o atendendo.
Apesar de estar recebendo a chamada, meus olhos não desviavam do Joe.
Nunca, em hipótese alguma, dê as costas para o seu inimigo.
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7 PRAZERES CAPITAIS - As Whiter's
ChickLit#3 LUGAR EM AÇÃO (07/04/2019) #5 LUGAR EM AÇÃO (05/04/2019) RENDA-SE AO FOGO DO PRAZER. ANTES, Uma adolescente gorda; Um garoto estúpido; Uma amizade improvável - e talvez por interesse?; Uma decepção imensa e já esperada. A...