<<<<<Sem revisão, pois a autora estava quase dormindo em cima do teclado! Desculpem a demora, rainha! Semana corridíssima! ♥ Espero que gostem do capítulo! Beijinhos! >>>>>>>>
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4 MESES DEPOIS.
— Se sua mãe der mais um piu sobre o quarto das crianças, eu juro que atiro uma das facas da Martha nela — rosno baixo, acariciando a minha barriga e Gabriel empalidece, arregalando os olhos para Mia, que ignora minha ameaça e continua tagarelando.
— Ainda não suportei a ideia da menina estar no mesmo quarto que o nosso garotão... Eles têm que ficar sozinhos, ter privacidade... — murmurou e eu puxei o ar umas trezentas vezes, numa tentativa de lembrar dos execícios de respiração e as recomendações de evitar o estresse que o Andrew me passou.
— Eles são bebês, mãe. Se separarmos os quartos vai ficar mais cansativo para mim e para a Emma quando formos cuidar deles... — ele tenta explicar e tenho vontade de gritar que aquela criatura mandada pelo coisa ruim não iria escutar.
Não vou mentir, tive momentos ótimos nesses quatro meses, fui comprar fraldas com o Gabriel, o enxoval, sentimos os bebês chutarem feito jogadores da seleção tentando um gol, pintamos o quarto juntos, descobri que ele ainda continuava fazendo planos para conter os futuros — bem distantes — relacionamentos da nossa filha. No entanto, a mãe dele parecia ter o prazer de me irritar, de me deixar com os picos de estresse nas alturas e quase matá-la. Coisa que só não fiz em respeito do meu barrigão com essas duas coisas lindas.
— Não interessa, eu quero os quartos separados! — ordena e algumas pessoas que estavam organizando os móveis para dentro do quarto param, obedecendo-a. Reviro os olhos, lançando apenas um olhar para que eles a ignorassem. Inspira, respira, inspira, respira... — Vai que essa garotinha influencia o rapaz a comer como se não houvesse amanhã? — alfineta.
A respiração é que se foda.
Avanço, prestes a esbofetear aquela cara de dondoca ensossa quando o Blake me segura, numa tentativa — que falhou — de me conter. Só queria que a ponta das minhas unhas se arrastassem naquela pele cheia de botox! Mas, infelizmente, o Blake me prendeu de maneira mais firme.
— Controla essa sua gordinha maluca, filho! — esperneia, balançando as mãos no ar. Dizer que não gosto dessa mulher é um elogio, eu a odeio. Preconceituosa, fútil, narcisista, egoísta, além de que meu instinto apita, avisando que há um "algo" à mais nessa história. Algo esse que o Blake está investigando e pensando que está escondendo de mim. Parece que ele se esquecesse que fui treinada para sentir o cheiro de uma armação a quilômetros de distância.
— Mãe, a senhora sabe que a Karson não pode ter fortes emoções! — reclama e ela faz um bico (bem ridículo por sinal) e estava na cara que o arrependimento era falso. A vadia mal fazia questão de esconder isso! — O quarto vai ficar do jeito que ela quiser! Ela é a mãe! E eu fiz todo ambiente e adaptei a mansão junto com o Keller seguindo as diretrizes dos Reich e a planta que a Emma desenhou! Nós sabemos muito bem o que estamos fazendo!
Ao ouvir o nome do meu querido Diretor, a velha franze o nariz num gesto claro de nojo.
— Aquele agente maltrapilha?! — meneia a cabeça, desaprovando as amizades do filho — Se seu pai visse você de amizade com as pessoas que quase o mataram... — suspira forçadamente e peço mentalmente para que Deus me dê muita paciência. Não posso extrapolar os limites corretos. A medida que fala daquele monstro, os olhos dela brilham e caem na minha barriga. Automaticamente, pouso as mãos sob ela, em um instinto protetor.
Olho perifericamente para o Gabriel e ele evita meu olhar, porém vejo uma centelha de "já sei". Quase a expressão o homem que gritou EURECA ou descobriu a penicilina.
— Têm visitado o Call, mãe? — pergunta.
Mia pestaneja algumas vezes, quase adorável, soltando um sorrisinho incrédulo.
— Eu nunca visitaria o homem que me espancou, querido. — Puta que pariu, alguém dá o Oscar para essa mulher? Se não fosse pela entonação do "querido" no final da frase, eu certamente acreditaria em tudo. Sou uma psicóloga curiosa, estudei as micro expressões e as pequenas alterações vocais que acontecem na voz quando a pessoa mente. E essa é, definitivamente uma mentira. E das boas. — Seria loucura.
— Coisa que não lhe falta — Desculpa, não deu para prender essa, ou eu falava, ou morria entalada. — Se houvesse um concurso de "Miss Insanidade" a senhora ganharia — sorrio sarcástica e, ao meu lado, Blake prende a risada. A Sra. Blake bufa algumas vezes e o fita, como se esperasse que a defendesse, mas ele permanece calado e reprimindo a risada.
— Quer saber? Vou dar uma volta e tentar esquecer que sua... Nem sei o que ela é! — resmunga. — Que essa garotinha me xingou e você deixou! Seu ingrato! — sai batendo o pé e, do lado de fora, ouço Enzi rir baixo. Fazer o quê? Ela precisava ouvir isso, ué!
Alguns segundos após a saída da cascavel oxigenada, ele me olha sério.
— Emma, precisamos conversar... — abana as mãos para os ajudantes, para que saiam e eu faço cara feia, repreendendo-o. Eu odiava quando ele tratava os funcionários como escravos ou utilidade.
— Vocês podem nos dar licença, por favor? — ofereço um sorriso à eles, recebendo vários de volta e, em poucos minutos, eles desocupam o quarto, deixando o berço quase montado. Suspiro, admirando o belo exemplar de madeira dourada, com um "BK" encrustado na parte central.
Reparando assim, agora, percebo uma coisinha...
— Nossas iniciais também são parecidas com "Burger King" — digo, rindo baixo e sentindo uma vontade de comer um cheddar duplo... Gabriel me olha fixamente alguns minutos, gargalhando um pouquinho. Resolvo tirar uma mini bigorna das costas dele. — Eu sei que sua mãe deve estar de complô com o Call, Gabriel. — suspiro.
Ele abre a boca algumas vezes, me olhando surpreso.
— Como?
— Acho que sou uma das agentes mais qualificadas do Estado, se eu não percebesse, provavelmente teria que me aposentar — respondo, erguendo as sobrancelhas. — O que vamos fazer ao respeito? Me deixe interrogá-la! — peço e Blake arregala de leve os olhos, talvez já imaginando a catástrofe que aconteceria ao me deixar sozinha com a sua mãe.
— Acho que te subestimei... Mas não posso meter você nessa, amor... — sussurra e eu faço careta.
— Já conversamos sobre isso.
Gabriel revira os olhos.
— Qual mulher que não gosta de ser chamada de "amor"?
Estendo a mão para ele apertar.
— Prazer, Emma Karson... — ele aperta e me puxa junto, porém antes que conseguíssemos nos beijar, um dos gêmeos chuta com vontade. 7 meses não era brincadeira, meus peitos estavam enormes, meus pés latejavam e havia horas que queria asfixiar o Gabriel. De maneira rápida, levo a mão dele até minha barriga e outro chute atinge o local correto.
Ele se ajoelha, rindo como um garotinho.
— Sim, sim! — exclama, levantando um pouco a minha camiseta. É, ultimamente aboli os vestidos caros e adotei um visual mais "estou-jogada-em-casa-sempre-cansada". — É o papai! Quem é que está chutando? Será a minha menininha linda? — beija minha barriga e eu sorrio — Ou o meu chefão? — outro chute mais forte que me faz grunhir um pouco com a dor. Blake acaricia minha barriga. — Calminha aí, gente... Senão a mamãe não aguenta...
Se ergue novamente, me roubando um selinho.
— Estão muito animadinhos, minha pressão deve ter subido quando discuti com a sua mãe — suspiro e ele coça a nuca, sem graça — Não precisa se envergonhar, agora nós sabemos o que ela quer, Gabriel.
— O quê?
Solto o ar, sentindo meu instinto materno quase formado se apoderar de mim.
— Muito mau, Blake... — olho para a janela, pensando em quando vamos poder ficar em paz — Muito mau.
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7 PRAZERES CAPITAIS - As Whiter's
ChickLit#3 LUGAR EM AÇÃO (07/04/2019) #5 LUGAR EM AÇÃO (05/04/2019) RENDA-SE AO FOGO DO PRAZER. ANTES, Uma adolescente gorda; Um garoto estúpido; Uma amizade improvável - e talvez por interesse?; Uma decepção imensa e já esperada. A...