Capítulo 17 · Gabriel Blake ·

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AVAREZAê/substantivo feminino1.qualidade ou característica de quem é avarento, de quem tem apego excessivo ao dinheiro, às riquezas.2.p.ext. falta de magnanimidade, de generosidade; mesquinharia, mesquinhez, sovinice.Origem ETIM lat. avaritĭa,ae 'cobiça, desejo excessivo de haveres'

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— O quê? — meus olhos quase saltaram das órbitas e ela só riu, como a maldita desgraçada que é. Essa mulher enlouqueceu. Tenho certeza ou, na esperança, posso ter ouvido errado. — Você não disse que vamos na mansão dos Cuervo, certo? — mostrei um sorriso calculado e ergui as mãos, com a maior cara de esperança que já existiu na face da terra. 

Porém, se esvaiu logo que ela me olhou e gargalhou mais. 

Ela endoidou. 

Peguei o telefone e ela franziu o cenho, me olhando com curiosidade.

Disquei alguns números e coloquei o aparelho na orelha, escutando-o chamar.

— O que está fazendo? — perguntou.

Ergui um ombro.

— Ligando para o hospital psiquiátrico, você não está bem da cabeça, Emma. — falei e, mais veloz que um raio, ela tomou o telefone da minha mão. Ri baixo, vendo-a desliga-lo e jogar na cama. — O que é? 

Emma cruzou os braços, me encarando de cima a baixo com o maior desdém. 

— Você é um frouxo. — suspirou. — Já devia saber. 

Me chamar de frouxo é golpe baixo. 

— E como você quer fazer isso, maluca? — semicerrei o olhar em sua direção e ela sorriu largo, exibindo a covinha na bochecha esquerda e fazendo umas ruguinhas aparecerem ao lado dos olhos. Karson realmente quer isso. 

— Você vai ver na hora. — ergueu os ombros e me lançou uma piscadela, jogando o cabelo castanho para o lado. Só agora lembrei que ela estava com aquela camisola vermelha. Lembranças da sua bunda de fora na noite anterior, apenas com uma calcinha fio dental me invadem e eu engulo a seco, pedindo a quaisquer que fossem as entidades existentes para me dar um pouco de autocontrole.  — Tá com dor de barriga, Blake? — ela disse, soltando uma risada logo em seguida.

— Não. — enruguei a testa, procurando voz no meio da excitação que me tomou brevemente. — Porque? 

— Está prendendo o maxilar com tanta força que vai ter um gasto enorme com esse seu dentista quando acabar. — soltei a força que estava contendo e suspirei. Meu corpo ainda sentia o impacto de ter sido negado ontem. Isso explica o meu tesão repentino, não posso ficar excitado só porque ela está na minha frente. Emma nem é tão gostosa assim. — E para de me olhar, daqui a pouco vai querer fazer como antigamente e pedir um videozinho para se aliviar sozinho. — lembrou, me fazendo apertar os lábios, com vergonha do meu passado. Pedir um vídeo quente a Emma não é algo que um homem quer recordar sempre. 

— Não me lembra disso, eu era um moleque. — resmunguei, já procurando a toalha para usar a desculpa do banho e fugir desse assunto desconfortável. — Vou tomar banho primeiro. — avisei, vendo-a abrir um sorriso que não tinha um pingo de inocência. 

— Me espera...— começou mais respirou fundo e parou de andar, me fitando intensamente. — Vai. Esquece o que eu falei. — murmurou pegando a toalha para ir no banheiro social do corredor. Dei de ombros e entrei para a minha sagrada chuveirada. 

7 PRAZERES CAPITAIS - As Whiter'sOnde histórias criam vida. Descubra agora