Capítulo 45 · Gabriel Blake ·

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— O quê? 

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— O quê? 

A algema apertava forte o meu punho, mas nada era comparado a dor e a agonia de me sentir traído. O meu costume de não pensar nas coisas me fez ficar cego e não enxergar que Emma já pode ter achado o rubi e está com ele, planejando não devolvê-lo.

De acordo com os documentos que o Phill achou na minha sala e me mandou por mensagem, ela estava muito perto de encontrá-lo. Havia diretrizes e palavras soltas de quem realmente estava interessada na joia. Mas, apesar da briga que tomou outra proporção, não sabia que ela gostava de brincar com algemas. 

Ri, tentando me virar e ela pressionou ainda mais minha cara no espelho gelado. Pelo reflexo dava para ver alguns hematomas já aparentes no rosto da Karson, além da enorme rouxidão causada pelo Reich mais velho. E eu... Bem, meu olho estava inchado e eu certamente apanhei muito. 

— Você achou o rubi, certo? — tentei falar, mas soou abafado. — Deve ter o encontrado e agora não quer devolver! — disse e ela suspirou, meneando a cabeça. — E isso não é hora de brincar com algemas! Me solte e resolveremos isso cara a cara! — rosnei, remexendo minhas mão e me debatendo e Emma me prensou contra o espelho. 

Você tem o direito de permanecer calado, tudo que disse será usado contra você no trib... — bufou, revirando os olhos e se afastou de mim, permitindo que me virasse. — Não vou ler seus direitos. Você nem está entendendo nada. — parecia estar falando mais consigo mesma do quê comigo. 

— Entendendo que você me prendeu pra fugir e ficar com meu rubi? Por isso me mandou pra academia e chutou meu celular enquanto lia a mensagem do Phillip! — semicerrei os olhos e Emma riu sonoramente, parecendo achar graça da situação. — Me solta! — ralhei, tentando puxar as algemas, mas ela foi mais esperta quando as colocou. Além da travinha simples, Karson traçou nós ao longo das pequenas tiras, impossibilitando que eu pudesse tentar folgá-la. 

Cruzou os braços.

— Não posso, te prendi e já acionei minha superior. — deu de ombros, porém seus olhos pareciam tristes. Eu ainda não entendia o porquê dessa palhaçada de me prender, dizer meus direitos e ainda falar que está esperando sua superior. Emma está afim de ser atriz? Está achando que está em um teste? — E só pra constar, não peguei seu rubizinho. — me fitou com uma cara entendiada. — Eu ainda estou procurando, se quer saber. E aquilo nas folhas de papel são insights... — explicou e eu semicerrei os olhos, puxando os punhos. 

— Já que deixou eu me virar, tira essas algemas... — pedi, suavizando a voz e ela soltou uma risadinha. Ou eu usava meu charme, ou ia ficar preso, deixando-a ir embora com minha joia. 

Emma soltou o ar. 

— Já te disse que não. Chamei a minha chefe e você está preso. — não tinha ar de riso ou sobrancelhas erguidas. 

Franzi o cenho.

Não podia ser isso...

— A ficha está caindo? — perguntou, rindo. — Acho que eu deveria me apresentar de novo, certo? — o sorriso debochado estava lá, dançando nos lábios da filha da mãe. — Olá, Gabriel. Sou eu, Emma. Ou melhor, Agente Especial Emma Karson. — minha garganta ameaçou fechar e eu prendi a respiração. E naquele momento não havia mais preocupação com o rubi, ou qualquer coisa parecida. 

7 PRAZERES CAPITAIS - As Whiter'sOnde histórias criam vida. Descubra agora