EPÍLOGO - O calor da chama nunca esfria.

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Estou fazendo minha mágica
Sei que você está curtindo o meu material
Eu sou o tipo pra namorar
Você disse que estava gostando de mim
Eu mentiria se dissesse que não gostava também
Compartilhamos esse sentimento
Uma coisa que é tão real
Mas eu tenho que te contar aos poucos
Bem, pode ser verdadeiro
Mas você precisa parar de procurar por ele


Venha se entregar pra mim
Venha se entregar pra mim, parte por parte
Eu vi que estava entediada o dia todo
Você é jovem, ainda tem tempo, não gaste seu tempo
Nós estamos nos desgastando
Não importa o que disser
Seu sorriso te levará a vários lugares
Sei que você quer ver outros rostos

Apenas pare de procurar pelo amor
Garota, você ainda tem tempo
 

— Zayn|Still Got Time 


            — Finalmente um tempo em paz... — a mulher sussurrou, fitando os olhos do homem encantador, ele arrodeou os braços pela larga cintura da sua amante, puxando a para perto de um jeito que não faziam há anos  — E nós vamos aproveitar loucamente... —  não era segredo que ela sabia os mais variados jeitos de provocar um homem. 

Ele se arrepiou e quando estavam prestes a juntar os lábios em um beijo esperado, uma pequena confusão os interrompeu.

— Mãe! O Alec negociou o presente que o tio Alex que me deu!

E ela o roubou de volta! Não sei porque está reclamando! — o garotinho emburrado falou, Emma se virou, com um olhar cheio de significados para o seu... Bem, para o seu companheiro. 

Os dois se pareciam tanto. Ruby tinha os fios negros na altura da cintura e, apesar de ser a cara do pai, puxara toda a personalidade forte da mãe. Era a melhor na escola e nos treinos marciais. Já Alec, mesmo sendo gêmeo da menina, não se parecia tanto com ela. Os fios desalinhados, a inteligência e perspicácia do seu pai. Uma vez, havia negociado todos seus brinquedos em troca de dinheiro para subornar o tio Enzi a adotar um cachorrinho. 

O menino sentia falta da companhia do velho Trovão, que faleceu por conta da velhice precoce. 

Então, comovido, o segurança cedeu, arrumando um jeito de renegociar o dinheiro e devolvê-lo ao garoto.

Os gêmeos estavam no auge dos seus oito anos e, mesmo assim, pareciam mais adultos que o Phillip, —  que tentava, de todo jeito, dobrar a Parker e convencê-la a ter um "Richard's Jr."

— Garanto que não verei mal em dar um presente melhor do quê o do seu tio Alex, Ruby. 

Emma semicerrou os olhos em direção ao Gabriel. Odiava quando ele tentava competir com o Keller. Apesar de ser uma via de mão única. Alexander gostava do Blake e achava engraçado quando ele estribuchava com ciúmes de uma mulher que não pertencia a ninguém, além de si mesma.

— Apenas peçam desculpas um ao outro. — ela se agachou, odiava gritar com eles, porém, as vezes era necessário. A mistura de personalidades lhe dava terríveis dores de cabeça. Desde o dente do colega que o Alec, quebrou "sem querer" (e que ninguém sabe até hoje como foi) após o outro garoto chamar a irmã de mini-baleia. 

Crianças poderiam ser cruéis. Mas, Ruby tinha o seu irmão para a defender, quer dizer...

Não vou pedir! Ele não me deixa em paz! Me sufoca, manhê! — ela cruzou os braços. — E o tio Drácula também não! Ele diz que se algum garotinho falar comigo, vai cortar a garganta dele com a ajuda do tio Igor!  — Gabriel riu ao ouvir a filha chamar os Reich pelo apelido que ele tanto gostava. Já Karson... Ela se irritou um pouco.

— Ruby! — repreendeu. 

A garotinha riu, mostrando a janelinha que a falta de dois dentes de leite causou.

— Não chame eles assim! 

Alec balançou a cabecinha, concordando com a mãe, que sorriu orgulhosa.

— Isso mesmo, Ruby! Não é tio Drácula... É tio Gelo e Gelinho! 

— Está vendo o que você ensina? — se virou para encarar o Blake, que tentava prender a gargalhada a to custo. Ele adorava vê-la assim, mão na cintura, testa franzida e a expressão de que poderia matá-lo só com um olhar. — Gabriel, não ouse rir! 

As crianças gargalharam, agarrando as pernas da mãe. 

— DUAS PESTINHAS! — a voz da velha babá fez os gêmeos procurar abrigo atrás da perna do pai. Martha era uma das únicas pessoas que controlava aqueles dois furacões. — Vocês tem lição de casa para fazer, treino para ir e uma cama para dormir! Já para o quarto! — apontou e eles até tentaram convencer os pais com o olhar.

Emma ficou perto de desistir e deixa-los dormir no seu quarto. Que mal faria? 

— Não, amorzinho... Nem adianta vir com esse olhar de cachorrinha que caiu da mudança!

Ela até se virou, vendo Ruby sussurrar no ouvido do pai.

— Eu não vou comprar bolo de chocolate uma hora dessas para você, filha!

Ruby olhou para a mãe, que fingiu não ter ouvido e saiu, emburrada.

— Pois vou pedir ao tio Alexxx!   — puxou o "x" da pronúncia e saiu batendo os pézinhos. 

— Seu relacionamento aberto me faz perder a pouca moral que tenho com a minha menina. Aquele cara dá mini luvas de boxe e a ensina a criar chás que fazem o Phill e os Reich peidar durante uma semana! — resmungou, jogando-se na cama. — Você tem que decidir quem você quer, Karson!

— Eu me quero —  ela piscou, dando de ombros. 

Gabriel bufou. 

— Tem que decidir de quem você é! 

Ela sorriu. Sempre que se encontravam era a mesma conversa. Ele não aceitava a escolha dela. O fato de não gostar de casamentos e repudiá-los, ainda mais, o sentimento que ainda nutria pelo belo Alexander. Que tinha aceitado a situação bem melhor que o Blake. 

Alex a amava e a entendia. Compreendia que Emma era uma alma livre e que compromissos só faziam ela se afastar e retrair. A beleza de uma flor não pode ser posta em um pote e fechada, é para ser admirada livre. Sem prisões ou cobranças.

E o Gabriel... Bem, ele a amava muito, disso ninguém tinha dúvidas, e odiava a ideia de ter que dividi-la com outros. 

Hoje, meu doce pecador... — ela sussurrou, livrando-se do vestido caro e colado, sem precisar da ajuda dele para abrir o zíper. Os fios castanhos estavam curtos novamente, deixando-a com a sensação de liberdade. O tecido caiu, revelando a lingerie azul-royal. Blake meneou a cabeça. — ...Eu sou sua. Amanhã, quem sabe, sou do Alex... Semana que vem, posso encontrar um cara lindo e querer foder com ele...

— Você é tão imprevisível... —  Blake murmurou, elevando o tom da voz ao sentir os lábios dela encontrar o seu abdômen. 

Emma riu. 

— E é por isso que você me ama, Blake. 

— Por quê? 

Ela resolveu aproximar os seus lábios, Gabriel sempre amou seus beijos. O sorriso maldoso peça chave da agente Karson, a gaivota branca que havia roubado o coração de vários homens estava ali, a malícia pura e crua.

— Porque, antes de ser sua ou de qualquer um, eu sou minha. 

— Mas...

Emma revirou os olhos, acostumada com as interrupções do contrabandista.

— Agora, cala a boca e me beija, Blake. 

7 PRAZERES CAPITAIS - As Whiter'sOnde histórias criam vida. Descubra agora