Capítulo 65 · Gabriel Blake ·

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— Enzi? — ela repete e eu tenho que me segurar para não soltar um grunhido.

Já ouviram falar de "karma"?

Se sim, considerem ele o meu.

Porque, depois de cuidar da minha segurança pessoal, o cara quer cuidar da minha mulher.

É, isso mesmo.

A Emma é minha e ponto final.

Paka... — o cara simplesmente a puxou para um abraço forte e... Um beijo?

Vejo vermelho, azul, preto... Até o arco-íris com os telettubies cantando uma musiquinha irritante. Qualquer coisa seria mais torturante do quê notar os milésimos que ela se derreteu nos braços dele, antes de se afastar e, sem ao menos pedir permissão, ele entra.

Ah, esqueci que os vampiros sãos os Reich.

Esse daí já está encarnado de forma irreversível.

Resolvo marcar o território, pigarreando e lançando um olhar que acredito ser ameaçador, porém, na verdade, estava me contendo para não virar o Trovão e mijar na porta da casa dela.

Ô mulherzinha concorrida, viu...

Você... — me fita com tédio e vira com um sorriso gigantesco para Emma — Estava com saudades de ver esse seu rosto amassado de sono, Paka — fala em tom galante e eu devaneio por alguns segundos se tenho ou não chance de competir com ele. Afinal, além de ser um gigante, o cara fala bonito e quase se casou com ela...

Chega bate uma insegurança...

Ela franze o cenho, como se estivesse estranhando tudo.

— Hum... — Karson responde, cruzando os braços e passo alguns segundos para digerir o fato que ela ainda está de camisola. Se é que podemos chamar essas coisas que ela veste para dormir de "camisola" ou "baby dool", são armas, cada pedaço de tecido é um tiro. — Você falou com o Alex, não foi? — pergunta, semicerrando os olhos e ele repreende um sorriso.

Tinha que ser aquele filho da puta.

Como matar alguém que dirige uma empresa especializada em matar?

Porque, convenhamos, essa agência está mais para uma extensão escondida que o governo financia em silêncio, onde os agentes são pagos para fazer a "limpeza", tirando todos os caras maus.

— Talvez — ele coça a nuca.

Emma solta um grunhido alto, virando e se encostando no balcão, como se buscasse paciência.

Essa é a minha deixa.

— Emma, está bem? — me ergo nas muletas e, sem querer, tropeço, chiando.

Não precisei gemer de dor uma segunda vez, ela já estava do meu lado.

— Você está bem? Machucou muito? Onde dói? — lanço um olhar desafiador para o meu atual concorrente e sem ela ouvir, Enzi bufa como um touro. Acho que se pudesse, ele me espancaria e seria bem mais violento que o Keller.

Eu... — finjo um arfar. — Acho que só tropecei de mau jeito... — e ela sobe os olhos, encarando os meus. Não demorou muito para solta o ar e sair de perto de mim, meneando a cabeça. — O que foi?

Karson anda em círculos, balançando a cabeça.

Eu estou cercada por homens malucos! — grunhe — Um finge estar com uma dor descomunal, só para ter atenção. O outro, diz estar com saudade de mim, mas com certeza está com o mais louco de todos, me vigiando por aquelas malditas câmeras! — aponta para os pontos ao lado do sistema de som — E ele muda o IP da câmera hora em hora, me impedindo de cancelar a visualização! Está achando que a minha vida é um Big Brother! — ela se vira, erguendo os dedos na direção do objeto — Olha, aqui pra você! Seu babaca pedante e.. e... Manipulador de ervas! — chia.

7 PRAZERES CAPITAIS - As Whiter'sOnde histórias criam vida. Descubra agora