Capítulo 40 · Emma Karson ·

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E é aqui que nós voltamos, rainhas!

Espero que gostem!

***

Eu não sabia o que doía mais. 

Se era a minha cabeça, o tiro que levei de raspão ou onde o Yuri me socou. 

Eu devia tê-lo mandado socar o outro lado, para um não ficar com ciúmes do outro. 

Ah, sem nem falar da confusão que restou para eu resolver, já que o Blake usou o cérebro pela primeira vez — finalmente — e conseguiu "sacar" que eu tinha algo com o seu queridíssimo chefe de segurança. Parabéns, ele não é tão burro quanto eu pensava, depois de dias ele conseguiu chegar a essa conclusão. 

Minha vida definitivamente é uma novela. 

Eu sinto isso. 

Não é possível tanta merda acontecer por acaso. 

Primeiro, eu faço uma besteira, "conheço" — do jeito "Emma" porque ele era um alvo para um trabalho nada legal — o Enzi e acabamos morando juntos, ele me pede em casamento, eu fujo e sou encontrada pela empresa responsável pelo FBI, CIA, NSA e o escambau — qual não posso citar o nome, pois é restritamente confidencial — que me julga como uma "ótima agente em potencial", acabo fazendo carreira. 

No fim, por um acaso filho da puta do destino, sou designada para prender o cara que eu... Bem, que eu fiz besteira e que fez besteira comigo e quem cuida da segurança dele? Meu ex... Meu ex colega de casa! — isso se chama "problemas sérios em falar a palavra "namorado".

E ainda temos que adicionar dois irmãos psicopatas e uma briga por mim, que nem sou lá essas coisas. 

Juntando tudo isso, dá o quê?

Formula perfeita de uma novela mexicana!

Uma batida na porta me lembrou de que, infelizmente, não estava assistindo novelas demais e fantasiando, aquela era sim a minha vida, e eu estava numa mansão parecida com a do Pablo Escobar e com meu amigo de colégio que virou exportador ilegal. Ah, que eu tenho que prende-lo, obviamente, depois de transar muito com ele.

Argh!

— Não pode entrar, algum furacão com nome de mulher passou por aqui, quebrou tudo, eu estou armada e com dor. Então, se abrir essa porta, é por sua conta em risco. — resmunguei, afundando a cara no travesseiro, ciente de que a minha bunda provavelmente estava dando um "oi" para quem quer que seja a pessoa na entrada do quarto. 

Graças a Deus, eu coloquei uma calcinha descente e uma camisola bonitinha. 

Ao contrário do que eu pensei, ninguém falou. Apenas ouvi os passos e como boa agente treinada  que sou, logo percebi, pelo som da pisada e "toc, toc" do sapato de couro caro, que era nada mais, nada menos que o Blake. 

Em silêncio, ele se dirigiu ao banheiro.

Assim que ele fechou a porta, me virei na cama, cruzando os braços e estudando o que acabou de acontecer. 

Aquela era uma tentativa de me dar um gelo? Ignorar? 

Ele realmente estava bravo com tudo isso? 

Imagina quando eu der voz de prisão a ele? 

Durantes os minutos que seguiram, minha mente vagou nas mais vastas situações que poderiam ocorrer quando ele descobrisse o porquê de eu realmente estar aqui. 

7 PRAZERES CAPITAIS - As Whiter'sOnde histórias criam vida. Descubra agora