Capítulo 91 · Emma Karson ·

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AHHHHHHHHHHHHHHHHHH, férias, doce férias! Elas, graças a Deus, chegaram! 

O que isso quer dizer? 

Muuuuuitos capítulos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Voltamos, rainhas! 

Até amanhã com mais um cap. da reta final de 7PC!

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   Quando digo que tenho pais super protetores e que nem sonham com o fato da filha única ser uma Agente Especial do Governo, eu realmente falo a verdade. Não é um exagero e eles só pararam mais com isso após conhecerem o meu... Enfim, o Alex. O nível de proteção incluía o desejo insano de me colocar dentro de um vidrinho e fica lá, só olhando e me "protegendo" do mundo lá fora.

   — Vamos manter a aparência. — digo, por fim, encarando o Blake dirigindo. Nós tínhamos meio que batido um tipo de recorde de silêncio. A gravidez tinha me tornado uma pessoa mais impaciente, no entanto, a minha impulsividade diminuiu, pois tenho duas vidinhas para zelar. — Meus pais nunca entenderiam isso. E, se entendessem, provavelmente minha mãe te mataria. 

   Eu estava conseguindo me acostumar com a beleza gritante do Gabriel. Mas, mesmo assim, era impossível não olhar para aquele maxilar quadrado, ombros largos e lábios carnudos sem pensar uma única obscenidade. E, pra piorar, ele resolveu tirar a barba e colocar uma roupa que não gritasse "eu-sou-um-criminoso". 

   Digo isso conjugando o verbo "ser" no presente, até porque sei dos planos dele com os Reich e Phill. Alguns carregamentos, produtos. Nada muito ilícito, porém continua sendo proibido. Não posso julgar, eu sei bem como é tentar controlar os instintos. 

   — Então. Não vamos dize nada? — pergunta, engatando a marcha. 

   Suspiro, deixando a minha mão escorregar até a enorme barriga. 

   Meus bebês pareciam sentir o clima pesado, pois desde a hora que saímos eles estão quietos.    Nenhum chute abrupto ou eles se movendo. Paz. 

   — Nada. Eu continuo sendo uma das melhores psicólogas do Estado e voc...

   —  Eu improviso na hora — me interrompe e eu lhe fuzilo com o olhar.

   —  Blake, uma mentira convincente é criada com antecedência —  resmungo. 

   Ele ri.

   — E uma verdade só parece sincera quando não há cinismo nas palavras, Karson —  sorri torto, piscando descaradamente para mim. Por alguns segundos, acho que soltei fumaça pelo nariz. — Adoro te ver irritada, mas acho melhor desmanchar esse bico. 

   Bufo.

   — Por quê? 

   — Porque sei que eu sou lindo, porém não sabia que era tanto ao ponto de te distrair durante duas horas de viagem — assim que ele fala, olho pela janela, dando de cara com uma enorme e, aparentemente clássica, casa. Ou melhor, o presídio em que vivi até meu penúltimo ano de faculdade. — Parece aquelas casas de comercial. Sabe, aqueles de margarina... 

   —  Gabriel... — adverto. Parece loucura, mas juro que podia escutar o sonzinho das engrenagens cerebrais dele maquinando uma piadinha tosca sobre a casa dos meus pais. E, se não bastasse isso, eu estava pensando seriamente em empurrá-lo da direção, virar o volante e voltar correndo para a cidade. —  Ainda dá tempo de ir embora... 

7 PRAZERES CAPITAIS - As Whiter'sOnde histórias criam vida. Descubra agora