Capítulo 26 · Emma Karson ·

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Hoje não era como antes. 

Eu não consegui conter meu tesão e maltratar o Blake.

Fui fraca e agora estou em seus braços. 

Literalmente. 

Já que depois do "seja bem-vinda a luxúria" ficamos nos encarando. 

— Blake, eu... — comecei, sem conseguir desgrudar meus olhos daquele castanho-escuro e dos lábios vermelhos. 

Gabriel realmente ficou muito bonito.

Eu tinha que dar a mão a palmatória nessa questão. 

Você? — se inclinou e nossa pequena diferença de altura me fez levantar a cabeça, resultando nos nosso lábios a milímetros um do outro. O hálito morno e com o leve aroma de canela me fez fechar os olhos entorpecida. Eu não podia beijá-lo. Em hipótese alguma. 

Seria assinar um atestado de óbito. 

Nesse caso, o meu.

Gabriel os roçou nos meus, me incitando a entreabrir os lábios e começar um beijo que, absolutamente, não teria mais volta. Abri os olhos e encontrei aquele olhar profundo e extremamente escuro me fitando de perto e com uma leve ruga na testa. 

— Por que não me beija, Emma? — perguntou e eu mordi os lábios com força. 

O que eu diria? 

"Ah, não te beijo porque tenho medo de acabar na sua lista?" 

— Porque nosso trato é sexo, Blake. — tentei fazer com que minha voz projetasse pelo menos um porquinho de confiança, porém falhei. Ele apenas ergueu as sobrancelhas e meneou a cabeça, com um sorriso nos lábios. 

Hmmmm... Não. — disse e eu franzi o cenho. 

Não o quê? 

Deslizou os lábios para minha orelha e segurou meu cabelo com força. 

— Meu pecado, minhas regras. — sussurrou e colou nosso lábios. 

Mal pude reagir, só me entreguei no exato momento em que ele me beijou. 

Era como se eu estivesse sendo segurada por uma corda descascada e, a cada vez que nosso beijo, que os nossos lábios se enroscavam ou quando a mão dele se emaranhou nos meus fios, pedaço por pedaço foi sendo destroçado. 

O beijo dele não era terno como o do Enzi. 

Era furioso.

Eu podia sentir cada veia no meu corpo se eletrificar com o contato e, se já estava excitada antes. Agora estou mais que insana por um contato mais profundo. Deixei que minhas unhas ficassem na nuca dele e, entre o beijo, ele gemeu, sorrindo torto e lambendo meus lábios com a cara mais safada do mundo. 

Quando ele exibiu a língua novamente, a puxei para dentro da minha boca, chupando-a devagar. Em apenas dois milésimos, o que era vantagem minha, virou uma batalha. Gabriel mordeu meu lábio inferior, sugando-o em seguida e, assim que tentei respirar, puxou-me novamente, dessa vez, meu corpo foi derrubado na cama e logo ele estava em cima de mim. 

Tentei virar a posição, mas ele parou o beijo e segurou meus pulsos. 

— Eu que mando agora, Karson. — grunhiu e eu sorri, enganchando minhas pernas nos quadris dele e, no que era para ser um golpe efetivo, só resultou em uma risada gostosa vinda dele. — Você só me domina quando eu quero. Quando eu deito nessa cama ou me submeto a foder com você dentro de um cofre, não é porque você é algum tipo de deusa, bebê... — sussurrou e eu senti meu sutiã ser aberto atrás. Eu mal vi a mão dele ir parar ali! Enquanto falava, soltou meus pulsos e eu prendi o riso. — É porque você me surpreende e eu gosto. Então me faz um favor? Facilita. 

7 PRAZERES CAPITAIS - As Whiter'sOnde histórias criam vida. Descubra agora