Capítulo 6 . Emma Karson .

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— Você acha que isso vai dar certo? 

— Me diz quando eu tenho uma ideia que não dá certo? 

Ela protela um pouco e eu reviro os olhos.

— Aquela vez, lá no México que você disse que nós podíam...

— Era uma pergunta retórica! Não era para relembrar algo que aconteceu há tempos! — Resmungo. — E, a propósito, já não era para você ter ido embora? — Olho fixamente para a câmera e escuto a risada da Melina soar nas caixinhas de som. 

Faz alguns minutos que cheguei da casa do Gabriel, depois de mostrar os meu termos e o fazer assinar aquele "contrato". 

Olhá-lo e não desejar ter aqueles braços fortes e delineados pelo terno caro, me rodeando com força e os lábios avermelhados provocando arrepios no meu pescoço... Ah. 

Porque sempre tem que ter algo difícil no meio das minhas coisas? 

Quando eu recebi o trabalho, pensei que seria a coisa mais fácil do mundo. E realmente espero que seja. Só quero tirar uma boa casquinha de tudo aquilo antes de fazer o certo. E uma "casquinha" significa um contrato de duas semanas de sexo. 

Não sexo comum, eu quero algo diferente.

Os sete prazeres. 

Uma situação que se encaixe em cada pecado capital. 

Porque, se é para ir pro Inferno com tudo que fiz e faço, que seja com um sorriso no rosto e satisfeita com as lembranças. E essa festa de hoje a noite, — que eu praticamente o obriguei a fazer — é parte do plano. 

Vocês achavam que eu não tinha um plano, não é? 

Eu sempre tenho um plano. 

— Suba aqui, Karson. — Olho para a câmera acoplada no teto do meu quarto e suspiro, soltando todo o ar que consigo. Eu não podia descansar nenhum pouquinho? Estava esparramada na minha cama, pensando em o que e como vou fazer. Planejamento é tudo na vida de uma pessoa como eu. Por mais que, às vezes, não os siga. — Karson? 

Bufo como uma adolescente birrenta, me dirigindo ao box do banheiro. Aperto o botão atrás da saboneteira e relaxo os ombros, olhando para o ambiente subir de andar. Assim que para na frente do escritório da Melina, saio. 

Só queria estar pensando em quão louca estou sendo em me meter nessa história toda. 

Estaciono na frente da enorme mesa de vidro, encarando a loira que sorria largo.

— Não me olha com essa cara de tédio, Karson. — Reclama e eu só ergo as sobrancelhas, coçando um pouco os olhos. Eu realmente precisava dormir, vou parecer um trapo na festa e isso não pode acontecer. — Eu tenho uma cois... 

Meu celular começa a espernear loucamente e eu reviro os olhos ao ver o número oficial do Gabriel no visor. 

Ainda bem que ele aprendeu a lição e não me ligou daquele celular entupido de mulher.

O que é? — Era para soar grossa mesmo. 

— É para eu te buscar de que horas e onde? — Porque ele está soando tão desconfiado? — Em? 

— Nenhuma e em nenhum lugar, eu vou sozinha. — Digo como se fosse óbvio. 

Não é óbvio?

— É perigoso chegar aqui só, Emma. — explica como se eu fosse uma criancinha de 3 anos. — Eu vou te buscar. 

7 PRAZERES CAPITAIS - As Whiter'sOnde histórias criam vida. Descubra agora