Capítulo 61 · Gabriel Blake ·

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<<<<< Rainhas, amo vocês. Isso é só para me perdoarem caso o capítulo esteja com muitos erros. É que não deu para revisar...  Desculpem, desculpem ♥♥♥>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

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— Você tem visita

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— Você tem visita...  — anuncia um dos seguranças gigantes que me impediam de fazer um tipo de "fuga impossível", —  já que além desse lugar ser uma prisão de segurança máxima, eu tenho uma perna bem engessada. 

Me ajeito na cama e faço uma pequena careta, sem saber quem viria até aqui em plena às 8 horas da manhã. 

— Se for a Emma, você já sabe, estou sedado, ou simplesmente não quero vê-la  — lembro e ele solta uma risada sarcástica. — O que foi? 

— Essa visitinha aqui você não tem escolh... 

— Não precisa de toda essa conversa, Jack. — O Diretor, vulgo "o homem que me deixou nesse estado sem precisar sujar as mãos", popularmente chamado de Alexander Keller, entra no quarto, sorrindo largamente como se estivesse apreciando uma obra de arte.  Estava vestido de forma impecável, sem um único fio fora do lugar e destilando ironia pelo ar. — Agora nos deixe a sós — deu algumas batidinhas nas costas do segurança e ele se foi rapidamente. 

Keller pigarreia e finge limpar o paletó. 

Ah, que saudade dos meus ternos. 

— Você sabe o porquê da minha presença aqui, hum? — pergunta, me lançando um olhar e em um primeiro momento, estranho a cor dos olhos dele. Não eram da mesma cor, enquanto um era bem claro, o outro puxava para um verde... 

Credo, que esquisto...

Dou de ombros, ignorando minha última observação mental.

— Contando que não fosse mais uma tentativa da Karson de entrar aqui para falar comigo... Toda visita é bem vinda. Ainda mais se for do cara que me colocou nessa maca — sorrio de modo lascivo e ele meneia a cabeça, como se não acreditasse na ousadia. — Achou que eu seria burro o suficiente para não ligar os pontos? 

A gargalhada dele preenche todo quarto. 

— Eu confesso que posso ter um pequeno dedo nesse seu... — me analisa, soltando um sorrisinho de lado. — Estado atual... — pisca, mas entorta os lábios, soltando um suspiro artificialmente tristonho. — Porém, vamos dizer e fingir que estou um pouco arrependido desse meu ato errôneo e, para me redimir, vou te soltar. 

— Então você confessa que foi você que fez iss... — me dou conta do quê ele falou. — O QUÊ?! 

Alexander dá de ombros e eu tenho certeza que meus olhos devem estar arregalados. 

Na verdade, acho que eu estou quase infartando.

— Sim, é o que você escutou, idiota — revira os olhos, bufando. — Estou muito triste por ter feito isso com você e por causa disso, vou te livrar das acusações de exportação ilegal, formação de quadrilha e... Enfim, considere-se um cara de ficha limpa — me olha como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. 

— Eu não quero. — digo, resoluto. 

Das duas, uma. Ou a Emma pediu para me soltar, ou ele vai me matar assim que eu colocar os pés pra fora desse lugar. E eu não estou muito afim de provar essa segunda teoria, já basta ficar aqui, enfurnado nesse quarto e cheirando a hospital. 

Ele riu como se eu tivesse acabado de contar uma piada maravilhosa.

Ainda com um pouco de dificuldade, cruzei os braços e ergui as sobrancelhas, mostrando que estava falando sério. Keller parou de rir e deixou a boca meio aberta, sem acreditar no quê eu disse. 

Você acha que tem querer? — aponta, rindo. — Blake, você não vai ficar aqui. Está livre. E se fosse outra pessoa, estaria beijando a minha mã... Ah. — ergue o dedo, parecendo se dar conta de algo. — Você não quer encontrá-la, nem esbarrar com ela porque isso apenas vai constatar mais ainda a realidade: Você está apaixonado pela garota que taaanto desprezou. — ele solta uma risadinha. — Que irônico. 

Engulo a seco.

— Fale a Emma que eu agradeço a proposta, mas eu já disse que não aceitaria nada vindo dela. 

Keller aquiesce, comprimindo os lábios e se aproximando de mim. 

Confesso que a presença dele é bem mais ameaçadora do quê a do Enzi. 

— Vou te contar umas coisinhas. — se senta na ponta da maca sem cerimônia alguma. — Essa última semana foi um inferno, sabia? — suspira. — Quando não estava me ignorando, a Karson estava me perturbando para eu expedir uma ordem direta e deixá-la visitar você, mas eu não o fiz, porque das duas últimas vezes que ela veio te ver, se embebedou e a outra saiu chorando litros. Até que na madrugada da quinta para sexta, sou surpreendido por uma linda mulher vestindo apenas um sobretudo e me pedindo para fazê-la esquecer da realidade. 

Travo meu maxilar só de imaginá-la implorando sexo ao Alexander ou qualquer outro homem e algo em mim ferve, meu ciúme se exibe claramente e ele ergue uma sobrancelha.

— Não estou falando isso para te incomodar, até porque eu e ela temos uma história bem mais... Romântica. — sorri, lambendo os lábios. — Mas, resumindo a história, como um fiel companheiro, concedi o desejo dela. E imagine a minha surpresa quando ela comete o erro inconsciente de chamar o teu nome... — ele para de falar, respirando fundo, como se procurasse por controle e por fim, acabou me encarando. — Quando era eu que estava proporcionando aquele prazer à ela... 

— Hã?  

Ele solta o ar, impaciente e antes que eu possa repetir algo, uma dor descomunal me fez gritar. Alexander pressionava minha perna fraturada com firmeza.

— Olhe nos meus olhos, seu verme. — a frieza da voz dele me assusta e, gemendo de dor, o encaro. — Você vai sair daqui, nem que eu precise te jogar no meio da rua. — afrouxa o aperto e quando penso que não vai mais fazer nada, ele volta a forçar no ponto mais dolorido. 

Solto um grunhido. 

— Mas não pense que isso é por sua causa ou porquê ela me pediu. — ele ri, balançando a cabeça. — É porque aquela linda tola ama você... — me solta, porém estou em um quase estado de choque. — Sim, ela te ama... Nossa que descoberta! 

Encaro-o perplexo.

— Se eu fosse um cara mau... — reflete, me olhando. — Te mataria e diria que foi algum tipo de acidente. Ela poderia descobrir, mas me perdoaria ao longo dos anos. — suspira. — O problema é que aquela criatura divina tem o poder de transformar homens ruins e amargurados em pessoas nobres. — meneia cabeça — Veja você, abriu mão dela só porque sabe que nunca vai ser o cara certo para ela. Não a merece. Nem um pedacinho da maravilha que Emma Karson é. 

— Eu não a quero. — balanço a cabeça negativamente, minha voz beirando o quase desespero — Emma não é nada para mim... — digo mais para mim mesmo do quê para ele. 

Alex ri.

Aham e eu tenho um pau maior que o do Kid Bengala — pisca, rindo. — Blake, não vou te falar o que já sabe, só vou dizer o óbvio... — aproxima nossos rostos e semicerra os olhos. — Estou de olho em você. Se fizer alguma besteira ou escorregar com ela, eu te mato de forma lenta e dolorosa. Te faço agonizar muito antes de finalmente partir desse mundo. — se levanta. 

E agora? — enrugo a testa. 

Ele passa a mão no terno branco e exibe os dentes de forma convencida. 

— Nós vamos passear — estala os dedos e eu não entendo o gesto.

Mas antes que eu possa perguntar qualquer coisa, sinto uma picada forte no pescoço e tudo fica escuro.

7 PRAZERES CAPITAIS - As Whiter'sOnde histórias criam vida. Descubra agora