Capitulo 18

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"Meu jeito arrogante é culpa das feridas.- Ravi"

Ravi

Cajá: EU VOU AVISAR PELA ÚLTIMA VEZ ALEMÃO, SE ELE NÃO MUDAR CONVENÇO TODOS ACIONISTAS A ENTREGAREM NA MÃO DO LUCCA - me da um tapa na cabeça

Estamos em um dos galpões, estou com os braços presos e suspensos em um batente. Me sinto um porco sendo abatido. Meu corpo sangra com as chicotadas e meus olhos roxos provavelmente.

Alemão: Cajá vamos conversar outra hora melhor. - Meu pai não me olha e eu sei que se olhar ele chora.

Cajá: Porra! Não ver a dor de cabeça que ele ta causando? Só essa semana ficamos no alvo da policia duas vezes, porque ele inventou de assaltar duas lojas, tem precisão? O playboyzinho faz de propósito, fazendo questão de jogar beijinho para camera.
E não basta assaltar e a policia ficar atrás, tem que ser sozinho e temos que ficar gastando dinheiro pra não ir preso. Você tem sorte garoto, de ter essa grana e seu padrinho ser policial.
Agora me diz, é assim que um herdeiro se comporta? Colocando o que nem é dele ainda, a ser destruído? E com todos, qual desculpa eu do? Foi mal, foi mal, aquelas notícias sobre o filho do Alemão é mentira, ele não bebe então não chega alcoolizado no serviço. Ele não fuma, então não tem como ser ele naquela foto. Ele não rouba, é herdeiro das joias, mas que notícia sem fundamento. É isso que eu digo? RAVI, AQUELAS ONGS DEPENDEM DE INVESTIDORES E A EMPRESA PRECISA DE UM HOMEM RESPONSÁVEL. VOCÊ TEM NOÇÃO DO TANTO QUE ESTÁ PREJUDICANDO?

Ravi: Vocês não sab- recebo um murro sem poder responder, cuspo o sangue e sinto outro murro em meu abdômen me causando falta de ar. Não foi ele que me bateu antes disso, foi a polícia, mas o Cajá resolveu terminar e piorar a situação.

Meu pai não consegue agir, no fundo o Cajá está certo, somos sensatos pra admitir. Mas ele não sabe do terço a metade que já fiz pela empresa e as ONGs. Eu posso ter me tornado uma pessoa ruim, mas eu sou ótimo no que faço em serviço.

Cajá: Idiota! Sempre teve tudo que quis, foi mimado e relaxado. Muito mal educado - ele sabe que não foi assim, mas fala pra magoar. Não só a mim, quanto ao meu pai.

Tenho certeza que o Alemão deseja bater no Cajá, sem fim, mas a terapia ajuda ele. Um dedo encostado e meu pai volta a 20 anos atrás, bebidas, drogas, agressões, e isso é uma pagina virada de um ponto gatilho.

Mesmo com vontade de chorar, não abaixo a cabeça nem banco o fraco.
Cajá me olha com fogo nos olhos, meu pai olha pra baixo.

Alemão: Vou conversar com o Vicente- isso me dói, mas que toda a surra em que hoje tomei. Olho para o meu pai esperando que ele me olhe, mas a resposta não vem.

Isso não é um sonho que sonhei sozinho, nós três sonhamos juntos. Meu sonho é aquela cadeira, a do meu irmão é uma prancha e da minha irmã as batidas de uma boa música. E nunca que um atrapalharia os planos do outro.

Meu pai deveria saber que suas palavras é como chuva de pedra, para ambos.

Cajá: Não converse. Ele ja fez a escolha dele e ninguém voltará atrás. Ravi já é dono de 67%, conseguindo a parte do Murilo e os 25% da Jade é tudo dele. Mas o recado ta dado, faço todos os investidores virarem contra ele e o Lucca assumir a presidencia.

O Tio Lucca e a tia Yasmim também tinham 8% (75% meu e dos meus irmãos e 25% dos irmãos do meu pai) essa foi a soma. E logicamente os 75% era da minha mãe também, que não quis um centavo. Hoje ja tenho sozinho 66,6% só falta 25% da Jade e 8,3% do Muralha.

Dose Dupla⁴ - De Cor Âmbar Onde histórias criam vida. Descubra agora