Capítulo 154

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"O capítulo mais aleatório que vão ver hoje kkkkkk"

Sienna

2 meses depois

Tiro as malas do closet deixando em um cantinho para arruma-las

Tainara: Sienna? Ta pronta ? - são 5 da manhã. Ravi saiu para trabalhar em um garimpo na semana passada, chegou ontem a noite de viagem e já foi direto pra empresa. E em casa, chegou tem uma hora.

Sienna: Estou, deixa eu pegar minha bolsa.

Pego minha bolsa checando os documentos e saiu do quarto fechando a porta. Como não posso comer passo reto, o cheiro do pão tenta me manipular a ficar.

Entro no carro da Tainara e passo o cinto. Hoje é a minha primeira ultra, sim depois de dois meses.

Foram dias horríveis para mim. Eu não me tornei mais chata ou menos chata, mas eu aprendi esconder bem meu mau humor ou minhas crises de choro.
As crianças sempre estavam me fazendo diversas perguntas, Bento necessitava da minha atenção para seus medos, Cecilia varias vezes teve febre emocional com saudades da Lara. Disse que crianças com 4 anos esquece fácil, mas acho impossível esquecer uma mãe, ainda mais que fazemos questão de mostrar o quanto ela era importante. Ravi sempre dividia os afazeres comigo, mas nunca é a mesma coisa. Ele é um pai participativo e faz sua parte, mas ele não lembra de tudo o tempo todo e as vezes até esquece que são crianças, eu não reclamo porque pra mim ele ja ta fazendo bem mais que muitos pais por ai, o que não deixa de ser sua obrigação.

Quando estou sozinha eu choro no banheiro, choro após todos dormirem e choro quando tenho oportunidade. Eu como muito pra controlar minha ansiedade e minhas agonias. Não tenho duvidas que estou gravida, minha barriga ja tem uma saliência e o Vinicius até ousa falar que é gêmeos. O que me preocupa mais, eu não rejeito meu filho ou filha, mas tenho medo de não ser boa suficiente para os três.

Cecilia e Bento ainda são muito dependentes de mim e quando chegar a Turquesa ou o Onix como as crianças apelidaram, eu vou ter que da um pouco mais de atenção pro neném, o que pode deixa-los enciumados.
Eu não sei se posso amamentar, não sei se vou apagar no sono e não notar que ele ou ela chore, tenho medo de não identificar o choro e as cólicas, não saber carregar e não da tudo que ele/ela pode ter.

A questão não é dinheiro, não é pessoas para me ajudar, não é amor. É insegurança.
Ravi contratou uma psicóloga que conversa com a Cecilia sobre a Lara e comigo sobre o bebê, mas ainda é difícil. Eu tento o máximo ir me erguendo, ja que a moça falou que poderia haver uma rejeição pós parto, pré eclampsia e ainda depressão. Achei coisa de louco, mas ela disse que era muito comum. Normalmente acontecia mais com um histórico de gestantes que nunca quiseram a gravidez, tentaram abortar ou sempre esteve com depressão.

Abertamente disse que isso não vai acontecer, todos sabem que eu morreria pelos meus filhos, mas jamais deixaria o mal chegar a eles.

Nesses dias sensibilizada até notei algo que jamais havia acontecido. Não tenho disposição para sexo, a Jade disse que ela ficava dia e noite excitada, enquanto eu não consigo me da o prazer. Ravi fingi não se importar, mas eu sei que ele se importa.

Acabei comentando isso com a minha psicóloga e logo em seguida comecei a notar ela olhar pra ele diferente. Aira disse que devia ser loucuras da gravidez, mas eu nunca erro quanto a isso. Demiti ela três vezes com raiva da mesma, mas algum idiota contratou de volta.

Dose Dupla⁴ - De Cor Âmbar Onde histórias criam vida. Descubra agora