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Suna estava ao lado de Akaashi, os dois homens estavam sentados um ao lado do outro esperando Kita aparecer com um novo trabalho, ou melhor, Ren chegar e dizer o que fazer, já que o esbranquiçado não fala diretamente com eles. Akaashi não trabalhava com Kita, mas por estar no meio de toda aquela merda ele fazia uns serviços por fora.

Akaashi era um sniper experiente, ele havia atuado um tempo fora do Japão, mas agora estava de volta a máfia japonesa e iria eliminar qualquer um ali por dinheiro.

– Por que continuamos aceitando esses servicinhos? — Suna perguntou.

– Deve ser porque tão precisando de dinheiro, sei lá. — Akaashi respondeu acabando de se equipar.

– Continuamos porque a pessoa está pagando muito bem pra um simples serviço, você sabe como o Shinsuke é bondoso. — Osamu disse.

Eles riram e deram de ombros, indo em direção a garagem e pegando a evoque preta blindada e saindo. Akaashi não era totalmente necessário ali, mas ele foi caso alguém da polícia aparecesse.

Osamu parou do outro lado, deixando Akaashi em um ponto onde havia prédios altos o suficiente que davam uma boa vista do local, seguiu com Suna para outro lugar, os vidros fumês ocultavam totalmente a visão de quem estava fora.

Havia um homem de costas, ele mexia no celular e ria um pouco enquanto olhava para o mesmo. Suna colocou a ponta do silenciador para fora e atirou três vezes nele, assim que o corpo se chocou contra o chão e a poça de sangue se fez eles já estavam longe o suficiente.

Passaram para buscar Akaashi e voltaram rapidamente para o prédio onde estavam, trocaram as roupas e brindaram, mas Suna estava emburrado, não muito diferente dos outros dias.

– Por que essa cara, Sunarin? Ficou com pena do cara? — Aran apareceu e parabenizou todos pelo serviço.

– Não é como se eu nunca tivesse feito isso antes. — Ele disse seco.

– Quer sair pra beber? — Akaashi quebrou o silêncio.

Suna assentiu e quando eles já estavam no carro o moreno de olhos verdes oliva bolou um e estava quase acendendo quando quebrou o silêncio entre os dois.

– Quero sair dessa merda. Sério, Kei, eu não aguento mais, não era essa merda de vida que eu queria. — Ele desabafou.

– Eu sei, mas aguenta só mais um pouco, logo você para, você é solteiro, pode viajar o mundo e sei lá, conhecer alguém? — Akaashi deixou a pergunta no ar.

– Essa é boa, eu jamais traria alguém que eu amo pra essa vida, eu provavelmente ficaria louco. — Rin gargalhou triste.

– Não precisaria levá-la. — Akaashi o encarou.

– Eles iriam atrás dela, e eu mataria todos eles, mas isso não faria diferença, minha mãos estão sujas de sangue, afinal. — Sunarin deu de ombros.

– Espero que você saia dessa vida e conheça uma boa garota. — Keiji deu uns tapinhas na cara do amigo.

Os dois riram e estacionaram o carro, antes de chegarem no bar havia um estúdio de tatuagens, o nome 'Tribal Scrolls' e ao lado 'Satori' não muito grande na faixa. Os olhos de Suna varreram o local pelo lado de fora e viu um cara de cabelos vermelhos no centro falando e gesticulando algumas coisas para outras pessoas.

Então os olhos deles se encontraram por um curto período e o ruivo lá dentro o olhou pelo canto dos olhos, não era uma simples troca de olhares, os dois se fuzilaram.

Akaashi tocou o ombro de Rin e os dois homens adentraram o bar, as luzes neons piscavam por todo lado, a música que tocava era teeth, 5 seconds of summer bem alto. Keiji pediu uma bebida forte para os dois e eles se sentaram perto do balcão.

As garotas começaram a se aproximar, Suna obviamente não iria recusar uma presa fácil, já Akaashi estava muito bem flertando com o Barman, que era um cara alto de cabelos brancos espetados.

– Não transe na minha frente, seu filho da puta. — Akaashi disse.

– Não irei, Kei. — Rin disse e depois beijou e mulher em sua frente.

Akaashi apenas balançou a cabeça e tomou mais um gole, o último no caso, do conteúdo que estava em seu copo, o barman logo lhe serviu outro, mas tomando cuidado para não embebedar muito a sua  paquera.

O barman que mais tarde se apresentou como Bokuto e por mais energético e aparentemente leigo, não era bem isso, Bokuto fazia parte de uma gangue bem conhecida, no entanto, ele gostava de manter aquele trabalho por mais que não precisasse.

Akaashi não era bobo nem nada, ele havia percebido a arma embaixo do balcão desde o momento em que o barman de olhos grandes virou as costas, mas resolveu ignorar, estava cansado de sempre sair fora quando queria beijar alguém.

– Você não vem muito aqui, né? — Bokuto disse.

– Eu sou do outro lado da cidade, mas meu amigo aqui trabalha aqui perto, então eu o trouxe para o bar mais próximo. — Não era mentira, mas também não era totalmente verdade.

– Eu sabia, eu nunca me esqueceria de um rosto bonito como o seu no meu balcão. — Bokuto foi atrevido.

– E nem eu o seu. — Akaashi respondeu.

Sem muita enrolação Akaashi puxou a gravata de Bokuto e o beijou, mas ainda era horário de trabalho do maior, então logo o beijo cessou. Bokuto queria pedir para que Akaashi o esperasse, mas não podia, já que um amigo viria buscá-lo para um reunião mais tarde.

Akaashi ficou um tempo ali, Bokuto pareci não ligar para os outros clientes, ele tinha o mais bonito deles bem na frente dele, afinal. Os colegas de trabalho de Bokuto não estavam feliz por ele estar flertando ao envés de preparar bebidas, mas que se foda toda essa merda, ele disse.

Suna por outro lado havia achado um lugar não muito confortável para transar, ele demorava muito para gozar e muitas das vezes até desistia, não tinha paciência, as garotas por outro lado estavam implorando pelo pau dele.

Mas ele só fodia e ia embora, como se aquilo nunca tivesse acontecido, ele nem sequer prestava atenção nos rostos delas, nunca se lembrava de nada, nem nomes, cores ou qualquer coisa que elas digam sobre elas para que ele lembre.

Ele estava cansado, olhou para Akaashi um pouco longe dali, ele parecia estar se divertindo, então mandou uma mensagem dizendo que estava indo para casa. Ele passou novamente na porta do studio mas estava tudo apagado, havia algumas pessoas lá na frente.

– Parece que o Satori fechou mais cedo. — Um deles disse.

– Fiquei sabendo que o cara que morreu mais cedo era amigo da garota que trabalhava aqui, Satori gosta muito dela. — Suna rapidamente se lembrou de mais cedo e deu de ombros.

Foi para casa após pegar um Uber e após um banho ele fumou um pouco na varanda e depois se jogou na cama, tendo alguns pesadelos com aquela merda que ele sempre tentava esquecer. Definitivamente odiava seu passado.

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eai gostaro fml 👉👈

eu não sou muito boa com esses negócios de armas e carros, mas adoro uma boiolagem.

 𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora