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Todos dentro daquela sala estavam se encarando, pensando em como seria mais fácil enfiar uma bala na cabeça de uns ali e tudo estaria resolvido, mas as coisas não funcionavam assim. Makki entrou na sala tirando o jaleco branco recebendo os olhares curiosos de todos ali presentes. Kenma tinha seus olhos fechados, enquanto Kuroo e Bokuto tinham seus braços cruzados.

Oikawa já estava impaciente, ele batucava os dedos constantemente em cima da mesa, isso com certeza estava irritando Iwaizumi, mas não era algo que ele pudesse evitar. Kita tinha a mesma cara de sempre, sem um reação ou expressão, enquanto Aran estava ao lado dele e Suna um pouco mais distante.

– E então? — Satori quebrou o silêncio.

– Ele trabalha pra um tal de Hunter, creio que você saiba quem é, Satori. — Makki torceu o rosto.

– Você sabia e não nos disse nada?! — Oikawa gritou.

– Eu pedi pra ele não falar nada. — Kenma disse calmo.

– Kod, isso não é algo que você pode esconder, porra! — Oikawa continuou.

– Prossiga. — Foi o que Kenma disse.

Akaashi apertou os olhos enquanto enfiava as mãos nos bolsos, Suna estava calado apenas encarando o ruivo que começava a falar. Makki lhes disse que o homem que agora pouco estava na sala de tortura com ele contou que os planos de Hunter são bem mais do que eles imaginavam, se eles estivessem pensando em um desastre Hunter faria um mil vezes pior.

– Ele contou que Stephen estava conspirando contra eles e que iriam mata-lo, e no final, antes de morrer ele disse "Vi maledico per l'eternità, brucerete tutti insieme a me". — Makki disse enquanto ia até a mesa pegar um pouco de whisky.

– E o que isso significa? — Bokuto perguntou.

– "Eu os amaldiçoo por toda a eternidade, todos vocês queimarão comigo". — Satori respondeu.

– Por que o Stephen estava traindo eles? — Issei comentou.

– Por causa da Elize. — Suna disse.

Satori passou a mão pelos cabelos e os puxou, estava tão desesperado, Elize era a única coisa boa da vida normal que ele tentava levar que sobrou, não queria perde-la, mas era quase inevitável. Haviam furos na história que ele não conseguia contar a ela como ocorreu, como a morte de Bailey, a vida de Stephen, como ele conheceu Wade, toda a sua vida foi bem calculada.

O ruivo sentia vontade de gritar, mas assim que ele abriu a boca o computador de Kenma acendeu em uma tela azul e logo ficou escura novamente, todos olharam para o meio loiro que apertou os olhos, assim que Kozume se aproximou do aparelho eles ouviram palmas.

– Parabéns! Eu não pensei que fossem chegar nesse resultado tão rápido! Eu estou feliz. — Aquela voz de novo, com um japonês engraçado.

– Esse cara de novo... — Bokuto rosnou.

– Se acalmem, por favor! Eu não sou inimigo, mas eu também não sou amigo de vocês. — Ele gargalhou.

– O que você quer? — Suna perguntou.

– Quero falar sobre Stephen e Elize. Bom, se não sabem os dois são peças importantes para mim e eu as usarei de uma maneira apropriada. — Ele riu e todos ficaram tensos.

– Não toque em um fio de cabelos deles. — Satori disse.

– Se acalme, Tendou! Eu não vou machucar ninguém. — A voz pareceu um pouco mais séria agora.

Kenma estava mexendo em outro computador, mas sempre dava erro quando tentava quebrar a barreira para rastrear o maldito que estava do outro lado daquela tela.

 𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora