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Dias atuais | Itália

Três meses haviam se passado, Elize havia conversado com Eric sobre tudo o que ocorreu com Mattia, ele pediu para que o irmão saísse da casa, e relutante ele foi. Rita havia contado aos pais sobre o pai de Hunter, todos ficaram em choque, mas ainda prestaram ajuda a ela. Lana estava "morando" com eles durante esse meio tempo, ela sempre contava histórias a Rosy, que adorava ouvir cada uma delas. Era manhã, ainda estava escuro quando Elize estava na academia da casa, distribuindo socos no saco de pancada.

Seu corpo estava bem definido, com seus músculos tonificados e o suor escorrendo por sua pele. Elize passou a mão pela barriga descoberta, sentindo as cicatrizes que Hunter causou, ela sentia orgulho de cada uma delas, se lembrando que se tivesse passado mais um tempo lá provavelmente já teria se matado, não que isso já não tivesse passado por sua cabeça antes.

– Não acha que é muito cedo? — A voz de Luca soou atrás dela.

– Luca! Oh, sim, mas eu estava precisando esfriar a cabeça. — Ela riu.

– Entendo. Bom, como você está? — Luca perguntou nervoso.

– Estou bem, um pouco ansiosa já que não sabemos o dia em que Lana dará à luz. — Elize começou a tirar a faixa da mão.

– Se você é assim porque uma amiga sua terá bebê imagine se fosse você. — Luca riu.

– Oh, não... Rosy é o bastante pra mim, eu não conseguiria dar à luz. — Elize sorriu triste.

– O que está fazendo aqui tão cedo, Luca? Oh, Elize? Você não deveria estar dormindo? — Callan apareceu segurando uma xícara de café.

– Bom dia, Callan. — Os dois disseram em uníssono.

– Elize, nós sairemos mais tarde com Rosy. Se lembra que prometeu passear com ela? — Callan disse.

– Sim, eu me lembro. Quer nos acompanhar, Luca? Lana e Francesco também irão. — Elize perguntou.

– Claro. — Ele sorriu e ela saiu.

Era café da manhã, Elize estava ao lado de Eric tomando seu café enquanto assistia Rosy falar sobre o sonho que teve, onde ela e Vicente conseguiam andar sobre a água e voar pelos céus, Elize gargalhou alto, e aquela foi a primeira vez que Eric e os outros puderam ouvi-la rir genuinamente por algo que sua filha contava. O olhar de orgulho estavam em todos os rostos aquele dia, e Eric sentiu seu coração aquecer, era como estar vendo Masano ali ao seu lado.

Ainda naquele dia eles foram até o hospital visitar Kite, ele já conseguia se lembrar de alguns nomes, mas não de muita coisa. Aquilo entristecia Elize de uma forma trágica, mas ela entendia ser um processo demorado por isso ainda depositava suas forças nele.

Nos últimos meses ela manteve contato com Ruy, ele disse a ela que estava bem, sentia suas pernas voltarem a ficar fortes, ele já conseguia caminhar normalmente, ainda que utilizasse uma bengala como apoio. Lana estava feliz, a morena podia ver isso no rosto da amiga, finalmente a reta final havia chegado e ela estaria lá segurando a mão dela no dia do parto. Rosy estava ansiosa para o passeio, onde eles aproveitariam para comprar algumas coisas para o enxoval do bebê.

[...]

– Olha, mãe! — Rosy apontou para alguém com fantasia de coelho.

– Coelhinho da páscoa chegou cedo esse ano. — Elize disse e eles riram.

– Mãe, nós podemos ir lá? — Rosy perguntou.

– Logo iremos, vamos apenas ajudar a tia Lana com algumas coisas. — Elize sorriu para a filha.

 𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora