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Elize ouvia o mais velho falar animadamente sobre uma fazenda que ele gostaria de levá-la, por mais que estivesse quebrada, ver ele se embaralhar com as palavras e ficar envergonhado era engraçado. De longe Luigi e Verona assistiam os dois, eles tinham sorrisos orgulhosos enquanto estavam abraçados. O dia estava quase chegando, os raios de sol invadiam a sala lentamente, trazendo a brisa quente junto dele.

A morena ouviu o movimento, os empregados se espantando com os dois na sala conversando enquanto tomavam café, que ele mesmo havia passado. Todos eles pareciam contentes em tê-la, por um momento se deixou acreditar disso.

Roma era linda, a morena queria voltar algum dia para visitá-la com mais calma. Luca desceu as escadas e sorriu para os dois, então a mulher suspirou, era quase impossível não se lembrar de Stephen quando olhava para o irmão mais velho do mesmo. Uma mulher mais velha se aproximou se Elize e sorriu, ela lhe entregou um papel, o qual ela segurou, estava em japonês, o romaji um pouco engraçado.

Seja bem vinda, senhorita Elize! Estamos contentes que tenha retornado. Queríamos poder dar as boas vindas em japonês, mas não somos fluentes ainda. Sabemos que a senhorita é fluente em Italiano, mas nós ainda não somos em japonês. Espero que se divirta conosco, caso queira comer algo diferente basta pedir!

Com amor, Carlota e Antonella.

Elize deu um meio sorriso enquanto Eric tentava espiar por cima dos ombros da filha. Ela agradeceu e se levantou, entregando o papel para Eric, ele leu cuidadosamente e abriu um largo sorriso. A morena subia as escadas para fazer sua higiene matinal e tomar banho, ela pediu ajuda a Verona, já que o gesso incomodava muito e a ruiva foi de bom grado. As empregadas mais velhas estavam ansiosas para começarem a paparicar a garota, já que em todos esses anos a única garota que não participava da máfia e estava ali para comer bolos de chocolate era Rita.

Após o banho Verona a ajudou escolher uma roupa, que consistia em um vestido branco de alcinhas que cobria os pés da morena, ela continuou descalça e desceu as escadas novamente com o auxílio da ruiva.

– O que você gostaria de comer, senhorita? — Uma delas perguntou.

– Você pode me chamar apenas de Elize. — A morena se ajeitou na cadeira.

– Oh, claro. Está tudo bem para o senhor? — Ela olhou para Eric.

– Claro. — Eric riu e Elize o olhou como se pedisse socorro sobre o que comer.

– Sabe, Carlota faz um bolo maravilhoso de cenoura. — Ele disse enquanto abria o jornal.

– Senhor Eric! — A outra empregada o repreendeu.

– Eu posso experimentar o seu bolo? — Elize a olhou.

– O que?! Claro que pode, querida! Mas não vá sempre na onda do seu pai, ele não come nada saudável. — Ela disse.

– Obrigada pelo aviso. — Elize a viu sair dali.

Luigi e Verona estavam na mesa também, o homem de cabelos castanhos estava sem rumo ali, ele não sabia como puxar assunto com a morena ou dizer algo sobre ele ser mais que um amigo. Mas ele tinha medo de dizer "uau, veja como cresceu", seria vergonhoso e ela com certeza faria uma careta de adolescente entediado, mesmo sabendo que ela não era mais uma criança. Verona tocou a mão dele embaixo da mesa, ele estava suando frio.

Ele prendeu a respiração quando viu Elize o encarando, ele começou a olhar para todos os lados, o que é claro arrancou risadinhas de Luca, Verona e Eric.

– Você deve ser o Luigi. — Elize disse baixo.

– Sim, sou eu! — Ele disse rápido.

– Respire, Luigi. — Eric o olhou.

 𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora