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Enquanto Elize se adaptava com o novo lar e com novas pessoas, Suna e Kenma preparavam uma nova emboscada, o moreno estava um pouco apreensivo pois Kita estava se mostrando muito prestativo naquele serviço e por mais que estivesse contente por isso, não poderia negar que era estranho vê-lo tão comovido. Kuroo estava descarregando um caminhão de maconha que veio da plantação de Kita no Kansas ao lado de Lev, os dois homens comentavam sobre a tão famosa nova missão que pairava sobre eles.

Bokuto preparava o novo carregamento de armas que iriam usar, a gangue do sul havia ganhado um novo QG e eles poderiam descarregar lá. Tatsuki estava checando algumas armas para o homem alto de cabelos brancos espetados. Os gêmeos Miya estavam escolhendo o local ao lado de Yamamoto, seria uma grande festa, onde o dinheiro do tráfico subiria e onde também encontrariam pessoas importantes desse meio até lá.

Kenma ligou para Akaashi assim que percebeu que às 11 horas haviam se passado, ele atendeu e disse que Elize estava dormindo, estava muito cansada para olhar ao redor ou conhecer novas pessoas. O meio loiro estava mais tranquilo agora, confiava em Hinata mesmo sabendo que eles eram inimigos distantes, principalmente com a aliança e a trégua entre as gangues agora.

– Parece que o Hunter vai estar lá. — Semi disse enquanto estava escorado no batente da porta.

– Semi! Que bom revê-lo, pensei que estivesse no México. — Kenma disse.

– Eu estava, voltei quando soube o que aconteceu com a Elize. — Semi foi entrando.

– Muitas coisas aconteceram enquanto você esteve fora. Você vai hoje? Preciso de você no lugar de Satori. — Kenma finalmente tirou os olhos do computador.

– Claro, apenas me diga a hora e o lugar. — Semi olhou no celular.

– Sabia que podia contar com você! Vou te passar as coordenadas mais tarde, fique na linha. — Kenma tocou o ombro de Semi e foi saindo.

Aran estava conversando com Kita, o homem de cabelos brancos estranhamente ouvia tudo atentamente o que o outro dizia, como se não quisesse perder nada. Ojiro por outro lado sabia muito bem o motivo disso tudo, as coisas que aconteceram recentemente mexeu com o amigo, mas não poderia culpá-lo, ele também se machucou uma vez.

Kita sorriu e Ojiro o encarou sem entender o que estava havendo, ele fechou os olhos e suspirou.

– O que houve, Kita? — Ojiro perguntou.

– Você me lembra muito ela. — Kita disse e abriu os olhos.

– Também sinto falta dela. — Ojiro sorriu.

– Eu devo desculpas ao Suna, Aran. — Kita abaixou a cabeça.

– E a Elize também. Se a Suzana estivesse aqui ela teria te obrigado a fazer isso. — Aran sorriu.

– Eu não tenho dúvidas disso! — Kita gargalhou.

– Meu pai ainda pergunta sobre você, Kita, você deveria ir vê-lo. — Ojiro cessou o riso.

– Eu não tenho coragem... seus pais devem me odiar, Aran. Eu deixei a filha deles morrer... — Kita passou a mão pelo cabelo.

– Eles sabem que não foi culpa sua, Kita. Ninguém poderia imaginaria que aquele cara estava nos traindo- — Ojiro parou quando viu o olhar sério de Kita.

– Mas eu deveria saber, Ojiro. Eu deixei ele entrar na minha casa e matar a minha mulher, eu nem consigo imaginar as coisas que a Suzana passou naquele dia, se eu pudesse, Aran, se eu pudesse pegá-lo e destruí-lo, eu faria. — Kita tirou a faca da cintura e enfiou na mesa.

Suzana era a irmã de Ojiro, ela e Kita namoravam na adolescência, o relacionamento dos dois foi se intensificando e ele a pediu em casamento, eles estavam noivos, tinham uma casa e moravam juntos. Kita largaria a máfia para viver com sua amada esposa bem longe daquela merda, mas ele se descuidou e deixou que o inimigo chegasse perto demais, o que resultou na morte de sua amada Suzana, que foi estuprada e morta.

 𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora