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Elize ainda se recuperava de tamanho susto, tudo aquilo havia sito repassado, principalmente o tiro que saiu da arma dela, disparado pela própria Elize para evitar que um Suna fosse morto. Eric estava preocupado com isso, apesar de estar de bem com os japoneses, ele não queria que a mulher se envolvesse mais com Rintarou, mas ele jamais iria interferir na escolha amorosa dela, querendo apenas o bem de sua filha.

Era véspera ano novo (31) e Elize teve muito com o que se preocupar e não ficar pensando na conversa que teve com Rintarou. Rosy, por outro lado estava se tornando alguém muito observadora, provavelmente puxando isso de Wade, ela notou o jeito como Elize estava, o jeito como Luca a olhava e ela presumiu muitas coisas.

Rosy estava sentada no balanço ao lado de fora, Elize se aproximava com um bandeja cheia de coisas gostosas para a filha, mas ela ainda estava longe. Callan, por outro lado, estava prestando atenção em tudo o que acontecia dentro daquela casa, e em como tudo aquilo afetava Rosy.

– O que foi, princesa? — Callan se sentou no balanço ao lado.

– Queria que a mamãe conversasse comigo. — Rosy disse e Callan ficou espantado.

– O que quer dizer com isso? — Callan começou a balançar.

– Ela está triste, não é? Acha que eu fiz alguma coisa que deixou ela chateada? — Rosy disse baixo.

– O quê!? Não! Rosy, você não fez nada! Você foi a melhor coisa que aconteceu na vida da sua mãe, e na minha também. — Callan disse e sorriu.

– Mesmo? De verdade? — Rosy o olhou.

– Claro que sim, princesa. — Callan afagou a cabeça dela.

– Tio Callan, promete que nunca vai deixar a gente? — Rosy o pegou desprevenido.

– Eu prometo. — Ele disse.

– De dedinho? — Ela estendeu o mindinho.

– De dedinho. — Ele repetiu.

Elize logo se aproximou, deixando a bandeja na mesinha de chá que havia por ali, vendo Rosy descer do balanço e rapidamente agarrar as pernas dela, fazendo com que a mulher ficasse surpresa, mas logo se abaixando e envolvendo a menina em um abraço caloroso e apertado, cheio de amor. A morena usava um vestido azul, quase tão claro quanto o mar, ele era longo e tinha mangas curtas, o vento era forte naquela manhã, fazendo os cabelos dela balançarem.

Luca os olhava de longe, ele tinha um sorriso no rosto, seu peito se enchia quando ele a via sorrir. Ele amava Rosy, a tratava como se fosse sua própria filha, mas não poderia negar os sentimentos que estava nutrindo pela mãe dela.

Ele ficou sabendo sobre Suna, e também sabia como ele mexia com Elize, seu coração vacilou, ele pensou em muitas coisas, mas jamais ficaria bravo com a mulher por nada, ficaria feliz se ela estivesse feliz. Há algumas noites atrás, Maria o pegou sentado perto da lápide de Stephen, lá ele contava sobre Elize, e sobre como estava se apaixonando por ela, ele pediu desculpas, dizendo que não queria que isso acontecesse, mas fluiu.

– Antes da meia-noite nós vamos até em casa. Elize quer deixar algo na lápide dele que ela pode deixar para amanhã. — Luca disse a Francesco.

– Tudo bem. — O meio loiro concordou.

– Rita vai conosco. — Luca disse e o Martini mais novo o olhou.

– Sem ofensas, mas a sua irmã não tem nada melhor pra fazer, não? — Francesco disse sério.

– Stephen é irmão dela também. — Luca mexeu nos cabelos.

– Tsc. — Francesco saiu de lá.

 𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora