𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔

𝗻𝘂𝗺𝗯𝗲𝗿 𝗲𝗹𝗲𝘃𝗲𝗻 | 𝘄𝗲𝗹𝗰𝗼𝗺𝗲 𝘁𝗼 𝗷𝗮𝗽𝗮𝗻

Tudo parecia ter se resolvido com os Constantine, Elize perguntou a Devon se ele gostaria de remover a tatuagem e ele disse que sim e assim eles marcaram. Lucien havia sido finalmente liberado do castigo, ele estava trocando mensagens com Bjork diariamente. A garota lhe contou um pouco de sua história, ela lhe disse ser fruto do segundo casamento do pai, e que suas irmãs mais velhas sempre a culpava pela separação. Lucien também descobriu que o pai da garota era super-protetor, ele tinha um medo imenso que sua filha que tanto lembrava a mãe acabasse nunca mais voltando.

Ciúmes incestuosos de parentes sempre foi algo que ele levou com estranheza, afinal, Bjork ainda era bem nova, mas ainda sim, ela nunca teve contato com garotos ou qualquer coisa do tipo, que a pudesse levar a um relacionamento amoroso. Lucien perguntou se ela queria ir ao cinema com ele, a menina rapidamente disse que aceitaria, mas seu pai não deixaria.

Lucien não era diota, o garoto de olhos âmbar pediu a Talia que ligasse até a casa da loira e falasse com o pai dela, para que ele liberasse. O plano funcionou muito bem, o senhor Laurentino deixou que a filha dormisse fora, quando ela chegou até a casa de Talia, mandou uma mensagem para Lucien, para ir até lá buscá-la. O Constantine mais velho rapidamente tinha um sorriso largo em seu rosto, mas assim que percebeu o que estava prestes a fazer, teve seu coração acelerado. Ele correu até o banheiro e tomou banho, quando voltou começou a procurar uma roupa, ele optou por uma regata branca, calças skinny e uma jaqueta de couro preta por cima, em seus pés haviam um Air Jordan.

– Onde você vai? — Rintarou perguntou enquanto jogava as cinzas do cigarro fora.

– Vou sair com Vicente? — Lucien riu fraco.

– Não sei, você vai? — Rintarou se virou para o filho.

– É, eu vou! Até mais tarde, pai! — Ele começou a descer.

– Vicente foi a Roma com Francesco. — Rintarou relembrou e o garoto paralisou.

– Eu tenho um encontro... quer dizer, não sei se é um encontro, mas vou sair com ela. — Lucien voltou e olhou para o pai.

– Quem é? — Rintarou tinha um sorriso.

– A garota daquele dia. — Lucien coçou a nuca.

– Entendi. Bom, se divirta. — Rintarou acenou e o garoto se virou, mas parou.

– Pai... — Ele se virou novamente para o pai que agora tinha os olhos no celular.

– Sim? — Ele respondeu sem olhar para o garoto.

– Pode me deixar em um lugar? Eu normalmente pediria ao Vicente, mas ele saiu. — O garoto balbuciava.

– Tudo bem. Vamos lá. — Suna sorriu.

[...]

Assim que o carro parou na frente da casa de Talia, eles viram uma cabeleira loira correr até o carro e adentrar a parte de trás. Bjork usava um vestido branco de alcinha, all star amarelo e tinha uma bolsinha do lado. O coração se Lucien pulou, ele sorriu ao vê-la, o rosto dela se tornou vermelho quando viu o garoto junto do pai. Rintarou conversava com eles para amenizar o clima constrangedor entre os dois adolescentes. Assim que Rintarou os deixou ao cinema, disse-lhes que poderia buscá-los se eles quisessem e os dois agradeceram. Lucien nem sabia que filme eles veriam, eles apenas entraram e compraram qualquer ingresso de um filme que parecia interessante.

A menina rapidamente viu a fila aumentar e ficou nervosa com tanta gente se empurrando para entrar, Lucien segurou a mão dela e começou a empurrar os dois em sua frente, ele conseguiu um lugar nas últimas cadeiras. Assim que Bjork já estava confortável, ele saiu para comprar pipoca e refrigerante para os dois. Quando o filme começou, eles perceberam ser um filme clichê de romance bem antigo, não era o tipo de conteúdo que Lucien consumia, mas se isso significava ficar com Bjork, ele veria todos eles.