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Elize ninava Rosy em seus braços, vendo os soluços da garota aos poucos irem diminuindo, o coração da morena estava apertado, sentia culpa por não ter estado ao lado da filha enquanto ela passava por aquilo. Eric observava de longe, tendo um déjà vu de quando Elize era criança e caiu do carvalho, ela chorou muito quando isso aconteceu, ele se sentiu culpado por não ter sido o rápido o suficiente para segurá-la.

A morena alisava os cabelos de Rosy, sempre com um sorriso no rosto enquanto contava uma história para a pequena, que fechava os olhos lentamente. Thomas observava a mulher em sua frente deixando beijinhos no rosto da criança.

– Está tudo bem agora, meu amor. A mamãe sente muito. — Elize disse.

– Ela disse que você não é minha mãe... e que... que o tio Stephen morreu. — Rosy disse e Elize paralisou por um momento.

– O que...? Não, meu amor, escute. Você é minha filha, você é a minha filhinha. — Elize abraçou a menina.

– Mas e o tio Stephen? — Rosy perguntou.

– Amor, escute, o tio Stephen foi fazer uma viagem, se lembra? Mas, ele não poderá voltar... — Elize disse triste.

– Por quê? — Ela perguntou.

– Bom, porque quando as pessoas morrem, elas infelizmente não podem voltar. Mas ele está bem, o tio Stephen está em um lugar ótimo, cheio de flores, bichinhos... — Elize disse.

– E unicórnios? Fadas? — Rosy perguntou.

– Bom, acredito que as fadas não vivem por lá. — Elize riu.

– Mas e os unicórnios? — Rosy a olhava.

– Penso que estes talvez estejam bem escondidos por lá, mas o tio Stephen deve tê-los achado, princesa. — Luca disse.

– Oh... o tio Stephen é tão legal... — Ela fechou os olhos lentamente.

– Tenha bons sonhos, meu anjinho. — Elize beijou o rosto dela, enquanto a levava para o quarto.

Elize havia ido até em casa levar Rosy, mas estava um pouco insegura em voltar. Callan estava no andar de baixo, ele estava sentado no sofá olhando para Wayne que encarava o chão, enquanto Mark estava olhando para os quadros. Jeremiah os olhava como se eles fossem vadias imundas, enquanto Verona e Luigi estavam na cozinha conversando.

Luca e Elize vieram em um carro só para levarem Rosy para casa, enquanto Eric assim que soube também tratou de voltar para casa, acompanhado pelos irmãos Lee.

– Bom, agradeço a preocupação, mas vocês podem retornar. — Elize disse enquanto descia as escadas.

– Não vai voltar? — Callan perguntou.

– Não. Preciso ficar de olho em Rosy. — Elize disse.

– Senhorita, eu fico. — Uma das empregadas mais velhas disse.

– Eu agradeço, mas eu- — Elize foi interrompida.

– Odeio dizer isso, mas preciso que volte, querida. — Eric tocou o ombro dela.

– Por quê? — Elize o olhou.

– Você é minha sucessora, Elize. Tudo o que você representa agora faz parte do legado que carregamos. Você foi a única Constantine capaz de juntar tantas pessoas. — Eric disse.

– Pai, nada disso importa se a minha filha não está segura. Não enquanto aquela vadiazinha está pensando que eu esqueci o que ela fez. — Elize segurou o corrimão.

– Se serve de consolo, eu posso pedir para que alguns dos meus fiquem. — Thomas disse.

– Senhor Lee, isso não será necessário. — Jeremiah disse.

 𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora