𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔

27

Semi fraturou três costelas e quebrou o braço, sem contar nos arranhões que lhe foi deixado, apesar de muitas pessoas terem morrido e outras ficarem feridas, o caso de Osamu foi o que mais mexeu com todos, o acinzentado estava no hospital, respirando com a ajuda de aparelhos, parecia um pesadelo, um em que Atsumu deseja desesperadamente acordar. Kita estava lá com ele, não saiu do lado do loiro em momento algum, assim como Suna.

Atsumu agora tinha o olhar vazio, tudo o que ele queria era que isso acabasse, se ele soubesse que isso acabaria assim, nas noites passadas ele teria aproveitado mais os momentos com o irmão gêmeo. Kenma estava ao lado de Oikawa e Bokuto, eles estavam em uma sala conversando, ninguém sabia que a máfia japonesa havia pego Wade para um interrogatório, isso estava tão mal contato que a cabeça de Kod doía sem parar.

Foi quando o computador que Kenma sempre trocava por ser invadido novamente apagou e a voz começou a falar.

– Sinto muito pelo parceiro de vocês. — A voz disse baixa, mas não como se estivesse triste.

– Eu não quero ouvir você hoje. — Kenma se aproximou para desligar o computador.

– Se você desligar, nunca vai saber quem está te traindo. — A voz continuou.

– Quem me garante que você não está blefando? — Kenma torceu o rosto.

– Você sabe que eu não estou. Enfim, não confiem no Richard, ele obviamente odeia vocês. — A voz riu fraco.

– O que quer dizer? Nikolai está nos ajudando. — Bokuto disse dessa vez.

– Nikolai está cooperando, isso é bom, mas vocês vão acabar mortos se ele pedir para Richard ficar no comando por aqui, ele e Hunter tem um grande passado. — Pôde se ouvir um barulho de arma no fundo.

– Então foi o Richard que avisou ao Hunter? — Oikawa perguntou.

– Talvez. Bom, foi ótimo trabalhar com vocês, mas a minha hora chegou. — Ele disse.

– O que? O que quer dizer? — Foi a vez de Kuroo abrir a boca.

– Eles me descobriram, eu vou ser morto, mas antes... foi um prazer, Kenma Kozume. Cuide da Elize, sim? — O rosto dele então foi revelado, ele sorriu e depois atirou no computador, fazendo a tela apagar.

Todos estavam em choque, esse tempo todo a pessoa que estava por trás das informações estava bem ao lado deles, bem embaixo de seus narizes. Enquanto isso no hospital Osamu ainda não havia acordado, Atsumu segurava o choro enquanto segurava a mão do irmão, Suna estava no canto da parede, ele tinha alguns curativos pelo rosto e a mão enfaixada, Kita estava apenas observando a cena.

Atsumu não queria chorar, seria como se ele fosse fraco, mesmo que estivesse perdendo alguém muito importante, ele não queria mostrar fragilidade, no entanto, seu coração estava quebrado, ele sentia tanta dor que seus pulmões pareciam quase explodir, sentia as veias doerem também, foi quando Kita tocou seu ombro e deu um leve aperto.

– Sabe, as pessoas choram, não porque são fracas. E sim porque tem sido fortes há muito... então pode chorar, Atsumu. — Após a fala de Kita o loiro suspirou e começou a chorar.

– Não morra, Samu, por favor! — Atsumu gritava enquanto tinha a cabeça entre os braços em cima da cama.

– Vamos, Suna, vamos deixá-los sozinhos por um tempo. — Kita deu dois tapinhas nas costas de Atsumu e chamou por Suna.

– Foi legal o que disse. — Suna mantinha a cabeça baixa e as mãos nos bolsos.

– Não foi nada, sei que isso também machuca você, você é amigo deles há muito tempo. — Kita disse.