A figura masculina abriu a porta devagar, para que não acordasse a pequena criança que dormia tranquilamente na cama de lençóis azuis. Ele se aproximou e tocou o rosto da filha, afastando a pequena franja e beijando a testa da menina, assim que ele se virou sentiu a pequena mão dela segurar a manga de seu smoking.– Achei que já estivesse dormindo, abelhinha. — A voz grave dele tomou o local, ele se virou e sorriu.
– Por que você não veio? — A menina de cabelos pretos se sentou na cama.
– Sinto muito, abelhinha, o papai tem estado muito ocupado ultimamente, mas não foi ruim ter ficado com a mamãe, não é? — Se sentou na cama e acariciou o rosto dela.
— Ela não é a minha mãe. — A garota de cinco anos disse baixo.
– Escute, abelhinha, amanhã nós dois teremos um dia todo só nosso, pode ser? — Ele sorriu e ela o abraçou.
– Você promete? — Ela sussurrou.
– De dedinho. — Eles dois então juntaram os mindinhos selando a promessa.
A claridade então tomou conta da visão embaçada de Elize, ela conhecia aquele quarto, era dela, mas o barulho de vozes lá embaixo era o que a estranhava, risadas também eram ouvidas, chegava até a ser irritante. Se levantou mas caiu sentada na cama novamente, ficou tonta, sua garganta seca implorava por água.
Foi até o banheiro se livrando daquelas roupas e tomando um banho e escovando os dentes, vestiu um short e colocou uma camisa de Semi que estava com ela fazia tempo. Desceu as escadas e havia um cara mexendo nos livros, Elize tirou os livros das mãos dele e colocou novamente no lugar onde estava.
– Sua mãe nunca te ensinou a não mexer no que não é seu? — Ela cambaleou um pouco até de fato chegar na sala.
– Que bom que acordou, eu já estava ficando preocupado. — Stephen sorriu.
– O que é que tá acontecendo aqui? Quem são esses caras? — Ela apontou para os homens desconhecidos em seu apartamento.
– São pessoas de confiança, não se preocupe. — O moreno se aproximou.
– Minha cabeça está doendo, podem ir embora, por favor? — Elize disse seca indo ate a geladeira e tomando um bom gole de água e logo se aproximando da cafeteira.
Stephen não gostou daquilo, ele apenas suspirou e foi até a garota e beijou a testa dela antes de ir embora. Nenhum deles ousou dizer alguma coisa após a garota pedir para que fossem embora.
Então a porta foi aberta as pressas por Satori, ele começou e checar o lugar como louco, procurando câmeras escondidas ou gravadores, Elize se debruçou em cima do balcão olhando o ruivo.
– Bom dia, ruivo. — Ela disse.
– Bom dia coisa nenhuma! São duas da tarde. O que eles estavam fazendo aqui? — Satori se aproximou da amiga.
– Eu não sei, eu acabei de acordar, mas você sabe quem são eles, não é? — A morena colocou a caneca cheia de café no balcão.
– São uns italianos de merda. — Ele pegou uma caneca e também colocou café.
– Por que minha casa estava cheia de Italianos? — Elize acabou o café e colocou a caneca na pia.

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𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔
عاطفية• art credits: @jijiooe (twitter) "Agora que eu experimentei, acho que eu sufocaria, por cada segundo que você não está ao meu lado. Mas agora estou preso no portão da propriedade de Lúcifer. Eu me apaixonei por uma garota que conheci no inferno." E...