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A garagem estava lotada de carros antigos e novos, a maioria pretos, com vidros fumês e blindados. Eric tinha um ótimo gosto para carros, haviam seguranças ao lado de cada carro, esperando Elize dizer qual deles ela queria usar para lhe darem as chaves. A festa seria logo, então ela deveria tirar suas medidas de vestimenta, a qual ela também obrigou Callan a tirar suas medidas para um smoking novo.

Todinhos aqueles carros chamariam muita atenção, ela começou a andar entre eles, até chegar no camaro preto, e deu uma risadinha, logo vendo todos os seguranças formarem uma fila única enquanto saiam da garagem e o último lhe entregar as chaves.

– Boa escolha, senhorita. — Ele disse e saiu.

– Você sabe dirigir? — Callan perguntou receoso.

– Devo estar um pouco enferrujada, mas sei. — Elize disse.

– Você vai matar a gente. — Callan foi andando até o lado do passageiro.

– Tenha um pouco de fé em mim, Callan! — Elize riu.

– Não posso, eu tenho Rosy para cuidar. — Callan riu enquanto entrava no carro.

– Muito engraçadinho você. — Elize logo entrou também.

Elize colocou o pé no acelerador, fazendo o motor roncar alto, ela sorriu sentindo seu corpo vibrar, Callan apenas balançou a cabeça enquanto sorria. Assim que a garagem foi aberta ela acelerou e fez uma curva, fazendo nos pneus do carro cantarem, ela ouviu alguém gritar para abrirem o portão e ela acelerou mais, enquanto Callan estava com os olhos arregalados.

Elize acelerou mais quando ela viu o portão abrindo, ela estava muito e ainda estava na metade, ela gargalhou quando Callan gritou.

– Elize! — Ele gritou quando eles estavam perto do portão.

– Fique tranquilo, Callan. — Eles passaram e ela colocou seus óculos escuros.

– Você quase arrancou aquele portão! — Ele disse.

– Estávamos longe. — Ela disse enquanto abria o teto solar.

– Nunca mais, Elize. Nunca mais ando com você. — Callan soltou o ar que nem sabia estar prendendo.

– Você não tem escolha, amor. — Ela riu.

– Onde nós vamos? — Callan olhou para a estrada.

– Vamos ver o Pierre. — Elize aumentou o som.

[...]

Pierre era dono de alfaiataria, mas ele também confeccionava roupas femininas. A família dele costurava e fazia roupas para os Constantine desde a avó de Elize. A mulher de cabelos pretos foi parando o carro e estacionou na vaga que havia, eles desceram e Callan abriu a porta para a morena passar. Pierre era um homem com um cabelo jogado para o lado, raspado nas laterais.

– Pensei que não viria! — Pierre se aproximou de Elize e lhe deu dois beijinhos no rosto.

– Claro que viria! Acha mesmo que eu deixaria você?! — Ela sorriu.

– E quem é esse bonitão? — Pierre apontou para Callan.

– Este é Callan. Meu melhor amigo. — Elize tocou o ombro do mais alto.

– Uh, muito prazer. — Pierre piscou para o moreno.

– Acho que ele gostou de você. — Elize riu.

– Você acha? — Callan torceu o rosto.

– Carol, você pode tirar as medidas dele? — Pierre pediu e uma mulher alta de óculos e cabelos presos em um coque desajeitado apareceu.

 𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora