96

413 33 152
                                    


Elize estava com Verona, Rita e as crianças no shopping, mas é claro que Callan ainda estava ao lado delas, assim como pediu Luigi. A morena ouvia atentamente Rita falar sobre Francesco, ela disse que não foi nada fácil tentar se reaproximar dele, disse a elas que quando o beijou novamente sentiu uma onda de sentimentos antigos a tona, Elize sabia bem como era aquela sensação. Verona vez ou outra dizia algo, já Elize apenas sorria e acenava, para Callan aquilo já era autoexplicativo.

– Ei, mãe, nós podemos tomar um sorvete? — Rosy disse alegre.

– Vamos tomar sorvete! — Vicente comemorou com certeza.

– Sorvete... — Jake não falava muito bem, mas ele sabia o que era.

– Claro, querida. — Elize os guiou até a sorveteria e deixou que ela escolhesse o que quisesse.

– Está tudo bem? — Callan tocou o ombro da amiga.

– Eu não sei... — Elize suspirou.

– Está indecisa sobre o casamento? — Callan arqueou uma das sobrancelhas.

– Não! Não é isso, é que agora com a volta de Wade, Rosy está um pouco balançada, eu não quero que ela pense que é obrigada a viver comigo, assim como com Wade. — Elize sorriu fraco.

– Entendo. Você e Wade conversaram? — Callan perguntou.

– Sim, nós bebemos há alguns dias, enquanto Satori ainda estava por aqui. Foi como nos velhos tempos... Satori, eu, Wade e Stephen. — Ela sorriu para si mesma se lembrando disso.

Callan permaneceu calado vendo a amiga se aproximar da menina que tinha os cabelos soltos, a morena beijou o rosto da filha, fazendo cafuné nela. Jake era uma criança bem observadora apesar de quieta, Verona muitas vezes o pegava olhando para as formigas na varanda, ou qualquer inseto, mas sua atenção era rapidamente tirada por qualquer outra coisa que emitisse um som ao seu redor. Já Vicente gostava sempre da presença do irmão mais novo e Rosy, para ele não existia nada melhor que brincar com os dois o dia todo, sem preocupações.

Rosy percebia as coisas ao seu redor, ela sabia sobre Stephen e Elize, ela sabia sobre Suna, ela nunca contestou a mãe sobre o novo homem, mas ela não poderia negar era tudo confuso. Há alguns dias Elize a viu chorando, ela disse que havia ficado com medo que Elize a deixasse, aquele dia o coração da morena se quebrou.

– Achei vocês! — Cobra apareceu segurando sacolas.

– Era só o que faltava. — Callan debochou.

– Tava sentindo minha falta, Callanzinho? — Cobra tinha as mãos nos bolsos e um cigarro na boca.

– Não pode fumar aqui dentro, imbecil. — Callan rapidamente puxou o cigarro da boca de Cobra e jogou fora.

– Sério? Ei, Rosy! — Cobra rapidamente disse alto e abriu os braços.

– Tio Cobra! — Rosy se levantou e correu até o outro.

– Olha só, o Suna mandou entregar isso aqui pra você. — Cobra tirou da sacola vários tickets.

– Pra que isso serve? — Ela segurou.

– Bom, tá vendo o parque ali? Você, Jake e Vicente tem esses passes por um dia inteiro. — Cobra levantou o tronco e sorriu.

– Mesmo?! Nossa, que demais! — Rosy disse e Elize franziu o cenho.

– Espera, pra conseguir isso ele não deveria ter jogado aqueles jogos horríveis? — Callan questionou.

– Callan, você é muito inocente. Nada que usar a força não resolva... — Cobra piscou.

 𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora