Elize estava de pé, sozinha na cozinha da enorme mansão, em cima da mesa havia uma arma, ela era prata e tinha alguns detalhes pretos. A garota olhava atentamente, as mãos suando e o coração batendo forte dentro do peito, ela não sabia dizer que sensação era aquela, só sabia que era sufocante e ao mesmo tempo boa. Ela deu um passo e esticou a mão para pegar a arma quando a voz de alguém soou atrás dela.– Quer aprender a atirar? — A voz grossa fez o corpo dela se arrepiar.
– O que? Eu? Não! — A garota riu sem jeito e se afastou.
– Tem certeza? Eu não me importo em ensinar. — Ele sorriu.
– Não posso sair daqui. — Ela suspirou.
– Não precisamos sair. Lá fora tem um enorme quintal, podemos fazer isso lá. — Ele disse e se virou.
– Espera, eu não perguntei o seu nome. — Elize o olhou.
– É Pedro. — Ele disse.
Lá fora Pedro pegou quatro garrafas e colocou perto do muro que havia ali, ele pegou a arma e atirou em duas dela sem dificuldades, ele então passou para a morena ao seu lado. Elize sentia suas mãos tremerem, a arma parecia mais pesada do que parecia, ela respirou fundo e apontou, ela piscou diversas vezes, até sentir a mão de Pedro em seu ombro e a outra embaixo de suas mãos, erguendo a arma mais pra cima.
– Ajeite os ombros, Elize, mantenha as suas mãos firmes. — Pedro disse.
– Ok, tudo bem. — Elize respirou fundo.
– Não feche os olhos ao atirar, se mantenha firme. — Pedro a olhou.
– Sim. — Elize segurou com firmeza a arma e apontou novamente para garrafa.
A bala saiu logo após o leve aperto no gatilho que Elize deu, a bala só acertou na boca da garrafa, a fazendo cair mas não se estilhaçar como as de Pedro, a garota então olhou para o moreno ao seu lado que tinha um sorriso nos lábios, Elize deu um meio sorriso e assim que olhou para a arma em suas mãos se lembrou de todo o sangue derramado antes.
Ela engoliu seco e apontou novamente, dessa vez acertando em cheio a garrafa, seu peito subia e descia, as pupilas dilatadas com certa confusão.
– Elize! — Era a voz de Satori.
– Sato- — Antes que ela pudesse acabar viu o ruivo tirar a arma de suas mãos.
– Não faça isso, Elize, essa não é você, não suje as suas mãos com isso. — Satori disse e olhou para Pedro.
– Sinto muito, fui eu que insisti. — Pedro disse.
– Vem, Elize. — Satori abraçou os ombros da mulher e a levou para dentro.
[...]
Eric estava em sua sala esperando Luigi chegar com Luca, que havia sido chamado pelo mais velho, no entanto, Eric não disse ao homem do que se tratava, o que é claro deixou o filho mais velho dos De Angeles aflito com o que estava por vir. Logo após dois toques a porta logo foi aberta, o moreno alto logo adentrou, se mantendo de pé na frente do mais velho.
Eric fez um sinal para que Luca se sentasse e assim ele fez.
– Luca, eu pedi para que te chamassem para podermos falar sobre Stephen. — Eric foi direto ao ponto.
– Aconteceu alguma coisa com o meu irmão? — A preocupação estava nítida ali.
– Eu não sei, mas ele desapareceu. — Eric olhava atentamente para Luca.
– Espere, o que? Senhor, acho que eu não ouvi direito... o meu irmão, o Stephen, ele sumiu? — Luca trincou o maxilar.
– Sim, eu não sei o que aconteceu, mas eu vou descobrir. — Eric disse.

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𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔
عاطفية• art credits: @jijiooe (twitter) "Agora que eu experimentei, acho que eu sufocaria, por cada segundo que você não está ao meu lado. Mas agora estou preso no portão da propriedade de Lúcifer. Eu me apaixonei por uma garota que conheci no inferno." E...