Brendon estava parado, todos os irmãos juntos ali, enquanto o pai deles andava de um lado para o outro, ninguém ousou dizer uma palavra. Até que a voz de Gustav soou alta e ríspida, os olhos dos mais novos rapidamente foram para o chão, mas os mais velhos continuaram encarando. Ana olhou para o pai, os olhos vagando para a arma que estava na mão dele. Brendon cruzou os braços sobre o peito, olhando para o pai com um olhar gelado.
Gustav colocou a arma de volta no coldre e bateu as duas mãos na mesa com força, a tensão parecia aumentar.
– Quem foi? Quem foi que atirou no Cobra? — A voz de Gustav parecia uma faca pronta para cortar.
– Fui eu, senhor. — A voz do rapaz soa. Era Nathan, um dos mais velhos, a cabeça raspada e o olhar vago.
– Quem deu permissão? — Gustav pergunta raivoso.
– Eu. — Brendon olha para o pai.
– Você!? Você não manda em porcaria alguma aqui! Que direito você tem de dar essa ordem? — Gustav rosna.
– Ele é inimigo. — Brendon diz.
– Sim, mas ele valeria mais ferido ao nosso lado do que ferido ao lado deles. — Gustav massageia as têmporas.
O clima tenso retornou, mas a verdade é que Brendon não deu a ordem, ele apenas mentiu para o pai para que a vida de seu irmão não fosse afetada. Nathan olhava para Brendon, dando um pequeno aceno de cabeça para o irmão. Depois que Brendon levou algumas advertências do pai, ele saiu da sala, as costas sangravam levemente pela surra. Os outros irmãos apenas ficaram encarando, percebendo que Brandon ainda se permanecia forte, o fato é que Nathan atirou em Cobra sem nem hesitar pelo motivo dele estar perto da casa deles, e assim como os outros, ele ficou esperando pelo momento.
Porém, assim que o corpo de Cobra se chocou contra o chão, ele ergueu o rosto e viu Nathan, o motivo pelo qual Cobra não revidou é porque ele jamais mataria uma criança, ele não era esse tipo de homem. Quantas coisas ruins ele já fez? Bom, muitas, mas em todos os quase 50 anos de vida dele, nunca em sua vida ele mataria uma criança.
– Você é inútil, Brendon. — Gustav diz enquanto segura um copo de whisky.
– É, você já disse isso. — Brendon olha para o pai.
– Primeiro deixou que a filha bastarda dos Constantines escapasse pelos seus dedos, mas agora? Bom, agora você simplesmente deixou que um dos membros mais importantes da máfia italiana escapasse. De novo! — Ele gritou, a voz rude.
– Sim, a culpa foi minha, então não puna Nathan. — Brendon pediu.
– Eu deveria escalpelar ele! — Gustav grita novamente, e os punhos de Brendon se fecham.
– Ele só tem 15 anos. — O homem olha para o pai.
– Com 15 anos eu era o melhor! — Gustav se aproxima do filho mais velho e segura o rosto dele uma das mãos.
– Não somos como você. — Brendon aperta a mandíbula.
– Você quer pagar a punição no lugar de Nathan? — Gustav se afasta.
– Sim, senhor. — O rapaz nem mesmo hesita.
[...]
Na casa dos Constantines tudo estava um caos. Elize estava sentada ao lado de Suna, as mãos dadas enquanto ela mantinha a cabeça no peito dele. O silêncio pairava sobre eles, era pesado, mas ainda sim, reconfortante. Depois da morte de Hunter ninguém nunca mais falou sobre o que aconteceu no passado, mas no coração de Elize ainda haviam coisas a serem resolvidas. Ela levantou o rosto, para encontrar o olhar sereno do marido, com aqueles olhos verdes oliva que ela tanto amava, Rin tocou o rosto dela, ele beijou cada centímetro dele.
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𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔
Любовные романы• art credits: @jijiooe (twitter) "Agora que eu experimentei, acho que eu sufocaria, por cada segundo que você não está ao meu lado. Mas agora estou preso no portão da propriedade de Lúcifer. Eu me apaixonei por uma garota que conheci no inferno." E...
