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Elize estava sentada à mesa junto da família, mas sua mente vagava até Kite, em como ele havia reagido na noite passada. Eric já estava a par da situação, ele queria que Elize soubesse e conhecesse a máfia, mas não tão rápido, ele queria ir devagar. A mulher em sua frente mexia no notebook e tomava uma xícara de café, estava muito concentrada, fazendo o pai ficar um pouco preocupado pensando sobre isso. Estava um silêncio na sala, nem mesmo Cobra falou algo.

Em seguida o celular dela tocou, o ecrã brilhando com uma ligação a qual ela se retirou da mesa para poder atender.

– Ela tá brava? — Luigi perguntou.

– Não, ela só vai visitar um amigo. — Verona apareceu.

– Que amigo? Ela não me disse nada sobre isso. — Eric a olhou.

– Sua filha é adulta, senhor. — William disse enquanto tomava seu café.

– Eu sei, eu só estou preocupado. — Eric suspirou.

– É uma clínica psiquiatra que fica a uns 30 km daqui. Um amigo dela chamado Ruy está internado lá. — Francesco que saia da cozinha segurando um suco disse.

– Senhor Eric, eu sinto muito. — Callan finalmente abriu a boca.

– Está tudo bem, Callan, não foi culpa sua. — Eric o tranquilizou.

Elize apareceu novamente e subiu as escadas com certa pressa, Callan limpou a boca com o guardanapo e se levantou, vendo a mulher aparecer segurando um casaco e uma bolsa. Como ainda era cedo Rosy estava dormindo, ela apenas havia dado um beijinho na testa dela. Elize não poderia dizer que estava tudo bem, estava um pouco decepcionada por Eric não dividir aquilo com ela, mas entendeu que ele teve seus motivos. A morena se aproximou do mais velho e beijou o rosto dele, fazendo o coração pesado dele ficar um pouco mais leve.

Luca estava esperando ao lado de fora, enquanto ela seguia com Francesco e Callan, de início, quem iria era Cobra, mas Eric o deu outro serviço. Elize trocou olhares com Luca por um curto período.

Francesco foi no banco de trás com Luca enquanto Elize estava no lado do passageiro, Callan ligou a picape de cor acinzentada e eles seguiram viagem. Eles fizeram muitas perguntas sobre Ruy, a morena não contou tudo, mas disse que o homem que ele havia conhecido não estava em seu perfeito estado mental, o que é claro deixou os outros preocupados. Enquanto eles estavam na estrada, Francesco se perguntava sobre Hunter, já que ele não teve coragem de matá-lo como prometeu.

– Depois de amanhã é ano novo e você ainda tem umas reuniões. — Francesco disse.

– Sério? Pensei que já havia acabado com todos. — Ela suspirou.

– Meu sonho. — Callan disse e ela riu.

– Que lugar esquisito... Tem certeza de que é aqui, Callan? — Luca perguntou enquanto abaixava os vidros traseiros.

– Tenho sim, essa é a única Greenfield que eu conheço. — Callan estacionou a caminhonete.

– Isso aí não é nome de centro de lazer? — Francesco perguntou.

– Antes de ser um hospital psiquiátrico era um centro de lazer, um enorme jardim, então construíram isso em cima. — Luca disse.

– Bom, espero que por dentro seja melhor que o lado de fora. — Elize disse e tocou o interfone.

Uma voz masculina foi quem atendeu, mas assim que ouviu o nome Constantine ele mudou totalmente sua postura. Os portões de grade cobertos por plantas logo foram abertos, Elize pôde ver muitas pessoas lá, com roupas brancas enquanto estavam sentados no gramado ou pintando embaixo de alguma árvore, certamente era melhor que o lado de fora. Callan andava ao lado de Elize, enquanto as pessoas que estavam lá a olhavam.

 𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora