Elize entrou no carro antes de Callan, ela estava tremendo, não queria ver mais alguém importante morrer. A morena gritou e bateu no volante várias e várias vezes, mas assim que Callan abriu a porta do carro ela parou, mantendo a cabeça baixa enquanto sentia ainda o cheiro de sangue em suas mãos, ela sentiu náuseas. O homem de olhos azuis adentrou o carro e colocou a mão no olho da amiga, enquanto apertava levemente.– Não quero ver meus amigos morrendo de novo, Callan. — Ela disse fraco.
– E não vai. Eu prometo. — Ele disse e a puxou para um abraço desajeitado.
– Vou matá-lo. — Elize disse.
– Quem? — Callan temia pela resposta.
– Mattia. — Um dos braços de Elize cobria metade do rosto dela no abraço, deixando apenas os olhos chorosos a vista.
Nesse momento, o ódio consumia o coração dela, como quando o anjo Lúcifer havia sido expulso, era assim que ela se sentia, expulsa de sua própria zona. Eric não merecia sofrer, ela sabia, mas ela não queria viver vendo todos aqueles que ela ama morrendo, por um segundo a imagem de Rosy veio a cabeça, aqueles olhos inocentes faziam a vida de Elize ser mais fácil. Callan perguntou se ela queria que ele dirigisse e ela aceitou, eles trocaram de lugar e ele deu partida.
Kite estava inconsistente ainda, mas ele estava dentro de um jipe que ia em alta velocidade até a casa de Eric, onde receberia os devidos cuidados.
[...]
– Feliz aniversário. — Nicki disse a Suna.
– Já passou. — Ele a olhou.
– Não perguntei. — Ela sorriu.
– Não tenho tempo pra sua brincadeira agora. — Rintarou se levantou.
– Qual é, Suna? Vai ficar nessa pra sempre? — Ela encostou na moto.
– Não enche meu saco, garota. — Suna disse enquanto limpava a MP5.
– Suna, seu irmão tá chamando. — Chase apareceu e rapidamente Nick parou de falar.
– Só assim pra você ficar quieta, hein? Aliás, chama o DJ pra dar uma volta. — Suna entregou a arma para a mulher e saiu.
– O DJ? Por quê? — Ela o olhou.
– Ele só tem 19 anos, ele tem que viver do jeito bom. Leva ele pra dar uma volta de moto, sei lá. — Ele disse ainda de costas.
Rintarou foi até a sala do irmão, assim que ele entrou viu Daisuke com uma expressão tensa. O rosto de Rin agora estava sério, desde o dia em que chegou ele sempre via o irmão sorridente, isso o pegou de surpresa. O Suna mais velho olhou para o irmão mais novo e fez um sinal para que ele se sentasse, e assim ele fez. Daisuke empurrou um envelope na direção de Rintarou, ele travou o maxilar antes de abrir. Sempre parecia ser uma má notícia.
Rintarou suspirou antes de abrir o envelope, mas logo o fez, ele viu as fotos caindo em cima da mesa. Os olhos verdes oliva agora brilhavam, mas não como algo bom, aquilo era rancor.
– Onde conseguiu essa merda? — Rintarou jogou as fotos na mesa.
– Me enviaram, não tem remetente, isso significa que sabem onde estamos. — Daisuke o olhou.
– Esse cara deveria estar morto, Daisuke! — Rintarou gritou.
– Eu sei, Rin... eu sei. Mas parece que ele está bem. — Daisuke olhou para fotos de Hunter em uma loja.
– Ele vai atrás dela de novo... e pior! Ele pode matar a criança, a filha do Wade. — Suna passou as mãos pelos cabelos.
– Nós não podemos fazer muita coisa agora. Eu soube que o Mattia voltou para a Itália e agora está por perto. Ele pode manipular a Elize contra todos. — Daisuke disse sério.
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𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔
Romance• art credits: @jijiooe (twitter) "Agora que eu experimentei, acho que eu sufocaria, por cada segundo que você não está ao meu lado. Mas agora estou preso no portão da propriedade de Lúcifer. Eu me apaixonei por uma garota que conheci no inferno." E...