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• atenção –  as traduções das frases estarão no final do capítulo.

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Elize estava no quarto, ela ouviu alguns gritos enquanto desenhava, o barulho não parecia vir do andar de baixo e sim do lado de fora da casa. Ela foi até a janela e colocou a cabeça para fora, pôde ver alguns seguranças cochichando enquanto Pedro estava de braços cruzados enquanto fumava. Ela poderia ter optado por não ir e simplesmente ignorar, mas a curiosidade foi maior, então ela desceu de fininho para o andar de baixo e saiu pelos fundos, enquanto lá ia até a porta ela foi vendo alguns quadros colados na parede, haviam muitas fotos, até mesmo dela e Bailey, por um segundo suas pernas falharam, mas ela de forçou a continuar.

Assim que chegou até ela ela abriu lentamente, ela viu dois homens enormes brigando por causa de uma rosquinha, então foi se escondendo até ver o lado de fora, mas haviam uma porta ali, que levava até um outro lugar, abaixo da casa. Havia uma escada e era escuro, ela viu Pedro novamente, ela se escondeu quando ele passou por ela indo até os homens grandes. Ela começou a descer aquelas escadas, os gritos ficando cada vez mais altos, enquanto uma segunda voz gritava ainda mais alto, dizendo que ninguém sairia dali sem respostas.

Ire in gehennam! Mori malim quam aliquid dicere!  — A primeira voz disse.

– Eu sei que você pode falar a minha língua! — Era a voz de Kenma.

Puella usquam morietur. Tum ad canem fututam te! — Ele gritou e Kenma enfiou pregos nas pernas dele.

– Pare de brincar comigo. — Kenma segurou o rosto dele.

– Elize!? — Atsumu gritou quando viu a garota com olhos arregalados.

– Que porra você tá fazendo aqui? — Kenma se virou, ele estava completamente ensanguentado.

Elize colocou a mão no rosto, ela se virou para o lado e começou a vomitar, enquanto o homem que estava preso na cadeira sorriu. A morena sabia sobre essas coisas, mas nunca havia presenciado isso de fato. Suna a encarava no canto, enquanto Kenma tinha as mãos na cabeça agora, olhando para a garota sentada no degrau enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto dela. Foi então que Atsumu foi até ela, ele ficou na frente dela para que ela não visse aquela cena.

Mas então o homem na cadeira começou a gritar, chamando a atenção dela, que estranhamente não conseguia tirar os olhos de seu rosto ensanguentado e ferido.

– Quod! Me specta! Videsne? — Ele gritou.

– Por que? — Ela perguntou baixo.

Ut interficiat te! — Ele olhou nos olhos dela.

– Não! Eles não vão! — Ela gritou de volta.

Mater tua tibi dolet, nonne illa? — Ele disse baixo.

– Cale a boca! Cale a boca! — Ela gritou e Kenma o olhou.

– Você consegue entender ele, Elize? — Kenma perguntou.

– Sim, é latim. — Elize desviou o olhar.

Elize encarava o chão enquanto o homem ria, Suna tapou a boca dele com um pano que havia ali, fazendo o homem o olhar com ódio. Elize não entendia como, ela ela conseguia entender muito bem o que ele dizia. As palavras "sua mãe te machucou" agora não saíam de sua cabeça. Sua cabeça doía, tudo estava tão confuso, como ela entendia? Por que ela entendia? Suas memórias estavam confusas.

Elize olhou para o homem que a olhava como se ela fosse algum tipo de monstro, e de fato ela se sentia um agora.

– O que ele disse? — Kenma perguntou.

 𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora