Infelizmente o humor da casa havia mudado com a chegada de Mattia, ele reclamava de tudo e todos, estava sempre dando ordens ou sendo esnobe. Eric massageava suas têmporas enquanto o irmão citava mais problemas, com tudo isso ele não pôde nem tomar um chá com Elize, ou levá-la para dar uma volta e nem perguntar como ela estava se sentindo direito. Luigi olhava para o homem em sua frente com desdém, enquanto revirava os olhos.– Mattia... — Eric chamou.
– Também há o filho do senador. — Mattia disse.
– Pare de tentar arranjar pretendentes para Elize! — Eric disse alto e bateu na mesa.
– Oh! O que é isso? Está dando uma de pai ciumento? A sua filha já é adulta, Eric. — Mattia fechou o livro.
– Que se dane! Elize não vai se casar agora, pare com isso! Ela não tem- — Eric parou de falar.
– Não tem o quê? Diga! Ela não tem psicológico. Era isso que você iria dizer, não é? — Mattia riu.
– Não. Não é, a minha filha não pode porque ela tem que pensar nela antes de tudo, não quero que ela se case com qualquer um. — Eric o olhou.
– Mas se ela quisesse se casar com um Suna? — Mattia debochou.
– Mattia, cale a boca. — Eric disse.
Enquanto isso Elize estava dentro de uma sala olhando para uma enorme tela, em branco, haviam tintas ao lado banco dela, mas suas mãos tremiam. Rosy estava com Luca, ele a levava aos finais de semana para ver Orlando e Maria, também o pequeno Vicente. Callan havia recebido folga, mesmo ela sabendo que ele estava atrás daquela porta, quieto o suficiente para que nenhum ruído soasse.
O lápis com uma ponta enorme usada para o esboço começava a riscar a parte branca, ela não sabia o que estava fazendo, estava apenas fazendo linhas e mais linhas, até formar um rosto.
A mão dela não parava, usando muitos pincéis, as lágrimas saindo enquanto o cansaço mental também tomava conta. Elize jogava as tintas como se não houvesse amanhã, o lugar ficava sujo, a parede antes branca agora estava manchada de preto, verde, marrom e vermelho. Quando ela acabou e finalmente se afastou viu o rosto dele. Uma corrente elétrica pareceu percorrer todo o corpo dela.
– Saia da minha cabeça... — Ela disse enquanto se abaixava e segurava a própria cabeça.
Callan olhava pela brecha da porta, ele iria se aproximar quando a viu tirar uma faca da bota e rasgar toda a tela recém-feita, enquanto chorava, puxando todo aquele tecido como se sua vida dependesse daquilo, deixando morrer aquele sentimento enquanto o rosto do jovem amante era jogado no chão. Quando ela acabou se rasgar a pintura de Rin ela suspirou, olhando para a faca, aquela que ela há muito tempo desejou para acabar com sua própria vida uma vez.
Callan arregalou os olhos quando ela ergueu a faca e cravou no banco, enquanto tremia e soltava o ar devagar.
– Não diga a ninguém o que viu. — Ela se virou para o lugar onde ela estava escondido.
– Não vou. Somos amigos, se lembra? — Ele saiu de lá.
– Obrigada. — Ela olhou para a janela.
– Vem. Vamos jogar isso fora. — Ele a ajudou tirar toda a tela do suporte.
[...]
Os carros começaram a estacionar na grande garagem enquanto Eric os recebia com um sorriso no rosto. Muitas pessoas se aproximavam, felizmente todas aquelas que estavam ali foram convidadas pelo próprio Eric, gente de confiança dele para ficar de olho em tudo o que iria acontecer na festa.
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𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔
Romance• art credits: @jijiooe (twitter) "Agora que eu experimentei, acho que eu sufocaria, por cada segundo que você não está ao meu lado. Mas agora estou preso no portão da propriedade de Lúcifer. Eu me apaixonei por uma garota que conheci no inferno." E...