03

2.2K 261 322
                                    


A cabeça latejava sem parar, essa era a pior parte, a ressaca no dia seguinte pegou Elize de jeito. A morena estava deitada no sofá do estúdio, e não sabia o motivo de estar lá, achou que estivesse em casa ou na casa do ruivo, mas estava no trabalho.

– Finalmente, achei que estivesse morta. — Stephen marchou até Elize tocando a testa da menina.

– O que eu estou fazendo aqui? — Elize queria resposta e o garoto apenas riu.

– Satori disse que estava com pressa e deixou você aqui, pediu pra gente ficar de olho pra você não vomitar no chão. — Stephen respondeu.

– Oh, obrigada por cuidar de mim, Stephe. — Elize se levantou e foi tomar uma água.

Os três estavam sentados juntos, olhando para o teto, a garota ainda estava com aquele vestido apertado mas já havia se livrado dos sapatos, estava descalça e usando o casaco de Wade que havia achado em cima da mesa.

Wade pediu comida para os três enquanto Satori não chegou, os colegas de trabalho comentavam sobre a faculdade e sobre clientes chatos ou sobre as mortes que estavam acontecendo nos últimos dias.

– Ah, antes que eu me esqueça, um tal de Toru Oikawa ligou aqui umas cinco vezes perguntando por você. — Wade disse enquanto saboreava seu hambúrguer.

– E o que ele queria? — Stephen perguntou antes de Elize.

– Disse que você prometeu ir até a casa dele fazer uma tatuagem. — Wade disse e olhou para Stephen.

– Mas eu não faço esse tipo de trabalho. — Elize disse mexendo os hashis.

– Eu sei, eu disse isso a ele, mas ele disse que você prometeu já que o amigo dele estava machucado e queria muito fazer essa tatuagem. — Wade gesticulava vez ou outra.

Flashes de memória vieram na cabeça de Elize e ela massageou as têmporas com força e soltou um "tsc" baixo e voltou a comer, ela realmente havia prometido isso ao homem de cabelos castanhos e estava extremamente arrependida por isso.

Assim que acabou ela jogou fora a caixinha e pegou o celular que Stephen havia colocado para carregar. Disse que precisava ir para casa, mas não lembrava quando tinha que ir até Oikawa.

– Vamos lá, Eli-chan, eu prometo que nunca mais te peço pra vir se você tatuar o Iwa-chan. — Oikawa disse e segurou as mãos da garota.

– Já disse que não. O seu Iwa-chan pode ir até o estúdio quando estiver melhor, ele não vai morrer se esperar um pouquinho. — Elize cuspiu as palavras.

– Deixe de ser maldosa, Iwa-chan vai ficar um bom tempo em repouso e ele quer fazer logo. Eu até posso mandar alguém te buscar se quiser. — Oikawa disse mais sério.

– Ah... tudo bem, Toru, mas não mande ninguém me buscar, eu vou sozinha. — Elize cedeu.

Estava pensando o que é que tinha na cabeça, sabia que onde Oikawa ficava era perigoso, uma galera da pesada andava por lá, se arrependeu por ter recusado a proposta de alguém buscá-la.

Assim que chegou em casa tomou um bom banho e se jogou na cama apenas de lingerie e ligou o ar condicionado, o sono bateu com força e ela logo Elize estava dormindo calmamente.

Mas infelizmente acordou com o celular vibrando sem parar, bateu a mão na mesinha e viu algumas ligações de Tendou, essa última era dele, o celular tocou de novo e ela atendeu.

– Oi. — A voz rouca de Elize soou.

Onde você está? — Satori disse preocupado.

 𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora