𝗻𝘂𝗺𝗯𝗲𝗿 𝘁𝘄𝗼 | 𝗳𝗮𝗹𝗹𝗶𝗻𝗴 𝗶𝗻 𝗹𝗼𝘃𝗲

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Rintarou estava movendo umas coisas para o sótão da casa, até que ele parou por um momento e começou a mexer nas coisas que estavam por lá, ele riu ao ver muitos brinquedos antigos dos garotos. Havia uma cadeira branca de balanço que ficava no quarto de Lucien quando ele era bebê, era lá que Elize se sentava para amamentar o filho, e também onde ele muitas vezes dormiu enquanto ninava os filhos. Fazia algum tempo desde que ele teve uma conversa decente com o filho mais velho, o mesmo que se mostrava muito participativo em reuniões da máfia.

Há exatamente um ano Lucien se aproximou do pai que estava conversando com a mãe e disse que precisava conversar com ele. Rintarou sempre foi um pai muito atenciosa, então logo ele se preocupou e foi até o garoto. Lucien e ele foram para o jardim, se sentaram na mesa que havia lá e ficaram em silêncio por um tempo.

– Pai, você ama muito a mamãe? — Lucien perguntou.

– Claro que eu amo a sua mãe, ela é a minha pessoa favorita no mundo, assim como você e seus irmãos. — Rintarou sorriu.

– E se... e se tivesse mais alguém apaixonado pela mamãe? — Lucien apertou os punhos.

– O que você quer dizer com isso? — Rintarou o olhou.

– Quando eu era criança, eu fui até o restaurante do tio Stephen e eu vi uma foto da mamãe na mesa dele, uma foto do casamento deles. — Lucien disse preocupado.

– Oh, eu sei. Não se preocupe com isso, Lucien. — Rintarou olhou para o céu estrelado.

– Como não? Você não tem medo? Não fica preocupado? — Ele parecia desesperado.

– Não... não mais. — Ele sorriu.

– Por que não? — Lucien o olhava.

– Porque no final, Lucien, eu voltei com a sua mãe para casa, com você nos meus braços. Quando acabou ela estava comigo, ao meu lado, carregando o seu irmão. — Suna olhou para o filho.

– Se sabia, porque você não o pediu para tirar? Digo, ele alimenta isso, dá pra ver só de olhar pra ele. — Lucien perguntou.

– Você não pode pedir para uma pessoa parar de amar e outra e esperar que isso realmente aconteça. Eu sempre soube que ele a amava, mas olhe ali. — Ele apontou para a janela, mostrando Elize rindo com Akihiko e Rosy.

– No final... — Ele começou.

– No final foi comigo, não foi mais ninguém além de mim. — Rintarou sorriu olhando para esposa.

– Entendi... — Lucien desceu da mesa assim como pai.

– Bom, vamos entrar antes que a sua mãe brigue conosco novamente. — O mais velho afagou a cabeça do filho que já estava quase de sua altura.

– Valeu, pai. Sabe, eu sei que eu não digo muito, mas você sabe que eu amo você, certo? — Lucien desviou o olhar e Suna paralisou.

– Sim... eu sei, eu também amo você, amigão. — Suna beijou a testa do filho e o prendeu embaixo do braço enquanto bagunçava o cabelo dele.

Rintarou sorriu se lembrando disso e moveu a cadeira para outro canto. Elize que estava passando na hora enquanto segurava uma mala parou na porta e adentrou logo em seguida, a mulher abraçou o marido por trás, ela beijou as costas dele. Rintarou de virou e segurou o rosto da esposa, o rosto da mulher que ele mais amava, a razão pela qual ele estava vivo, a primeira e única que ele amou e ainda amava. Elize sorriu ao sentir os polegares de Rintarou em sua bochecha, ele se aproximou um pouco mais e beijou os lábios dela, aquele que ainda tinham o mesmo gosto.

A morena passou os braços pelo pescoço dele, sentindo o ar fazer falta, ele segurava a cintura dela, assim que eles cessaram o beijo seus corpos começaram a se mover, eles dançavam lentamente, sem música, apenas eles. Rintarou disse que a amava, fazendo juras de amor mais uma vez, enquanto ela fazia o mesmo.

 𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora