– Já disse pra não tocar em nada. — O moreno de 1,93 disse enquanto olhava pelo microscópio.– Tá bom, já entendi! — Francesco riu.
– Por que você não vai tomar um banho? — Ele se virou.
– Kiyoomi, eu só vim pra você analisar isso, eu já vou embora. Eu tomo banho quando chegar em casa. — O loiro riu e foi se sentar.
– Já disse pra não encostar em nada, Francesco! — Kiyoomi disse irritado.
– Eu só ia me sentar! — Francesco rebateu.
– Você está sujo. — Sakusa voltou a encarar o microscópio.
Francesco apenas obedeceu, ficando longe das coisas que Kiyoomi pediu. As vezes era estranho para o loiro, era amigo do moreno há muito tempo e mesmo assim ele sempre teve a mania de pedir para que ele tome banho mesmo se eles estivessem no meio da rua, já chegou a pensar que cheirava mal. Sakusa parou de olhar e se afastou do aparelho e começou a limpar tudo, como sempre fazia.
Francesco ainda esperava uma resposta enquanto via Kiyoomi acabar ali e começar a tirar as luvas e e enfiar as mãos dentro dos bolsos do jaleco branco.
– E então? — Francesco o olhou.
– É do seu irmão. — Kiyoomi disse.
– Eu sabia... — Francesco apertou os punhos.
– Por que isso? — Sakusa tombou a cabeça para o lado.
– Nada, não se preocupe com isso, Omi. Obrigado. — Francesco suavizou o rosto.
– Está escondendo algo. Sabe que se quiser conversar eu vou ouvir, mesmo que eu não tenha como responder. — Ele mexeu no cabelo.
– Eu sei, e eu te agradeço por isso. Sabe, Kiyoomi, você não sente falta? — Francesco perguntou.
– Do que? — Ele o olhou.
– Do Japão, dos seus amigos de lá. — Francesco o olhava.
Sakusa pareceu se distrair por um momento, enquanto tinha flashes de memória com seus amigos, entre eles Komori, Hinata, Atsumu e Bokuto. Mas não era algo que ele devesse se preocupar agora, cada um seguiu seu caminho, linhas completamente diferentes, mas que ele gostaria de poder ultrapassar alguma vez para vê-los novamente. Quando ele voltou a si ele viu o rosto de Francesco se torcer como se perguntasse que porra havia acontecido com ele.
Sakusa deu um sorriso pequeno que mesmo por baixo da máscara o loiro pôde ver por causa das ruguinhas nos cantos dos olhos dele.
– Sinto, mas eles seguiram outro caminho. — Sakusa disse.
– É, eu entendo. — Francesco fitou o chão.
– Nunca quis ser um criminoso. — Kiyoomi o olhou.
– Ainda sim está analisando um material para um. — Francesco riu.
– E não vá se acostumando. — Sakusa se manteve sério.
– Pode deixar. Vou indo, pode me ligar se precisar de algo. O depósito vai ser feito amanhã pela manhã. — Francesco disse enquanto se virava.
– Precisar do que necessariamente? — Sakusa torceu o rosto.
– Se algum filho da puta quiser te matar, ou perseguir, Kiyoomi, não hesite em me chamar. Você é meu amigo e eu não tolero que machuquem gente importante para mim. — O loiro então se foi, deixando um Sakusa totalmente paralisado para trás.
[...]
Eric estava sentado junto de vários outros líderes, ele estava entediado, queria poder ir para casa, não aguentava ouvir todos eles sempre falando a mesma coisa. Foi então que uma mulher de cabelos ruivos e longos adentrou a sala, ela usava um terno preto, sem gravata, com um sobretudo cinza e uma boina. Ao lado dela havia um homem, alto de olhos azuis, que fumava um charuto, seus cabelos pretos e bagunçados, completamente diferente da mulher, ele também tinha uma bengala verde, no interior dela havia uma lâmina muito afiada.
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𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔
Romance• art credits: @jijiooe (twitter) "Agora que eu experimentei, acho que eu sufocaria, por cada segundo que você não está ao meu lado. Mas agora estou preso no portão da propriedade de Lúcifer. Eu me apaixonei por uma garota que conheci no inferno." E...