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Elize estava ao lado de Atsumu e Suna, enquanto uma mulher loira de cabelos curtos apareceu, ela usava uma jaqueta preta de couro, uma saia de couro também e uma bota, além da regata branca, seu nome era Saeko, ela era a responsável por todos os veículos do Karasuno, inclusive os veículos que Kenma e os outros usariam até puderem realmente voltar para Tóquio. A loira estava acompanhada de mais dois caras, um loiro que usava óculos, tinha algumas tatuagens e piercings, o outro tinha um rosto mais angelical, cabelos esverdeados no corte mullet, ele usava brincos e se mantinha atrás do loiro.

Todos estavam ouvindo atentamente sobre os carros, até a loira parar e o rapaz de sardas começar a falar, ele mantinha as mãos nos bolsos e o olhar caído enquanto encarava todos.

– Yoshino Reika está no hospital psiquiátrico de Tóquio, ela fica o dia todo em uma cama de hospital, repetindo sempre o mesmo nome, "Masano", suspeitamos que deva ser algum parente. Reika também não enxerga mais por causa dos remédios. — O rapaz chamado Tadashi disse.

– Você conhece essa tal Masano? — Kenma perguntou.

– Nunca ouvi falar, minha mãe não falava muito sobre os parentes dela, eu nem mesmo sei quem é o meu pai. Mas havia um porta retrato no quarto dela quando morávamos em Osaka, uma mulher, talvez seja essa Masano. — Elize disse.

– Entendo, bom, eu vou procurar por isso, tenho certeza que não vai ser difícil, mas o mais importante agora. Elize, você quer ir ver a sua mãe? — Kenma a olhou.

– Bom, acho que sim... faz tanto tempo, não é? — Ela abraçou o próprio corpo.

– Não precisa de forçar a isso se não quiser, Elize. — Yamaguchi disse.

– Bom, eu acho que posso ir. — Elize disse.

– Eu infelizmente não vou poder ir com você, o Issei vai. — Kenma disse enquanto amarrava os cabelos.

– O Issei? Por quê? — Atsumu perguntou.

– Porque ele está livre no momento. — Kenma rebateu.

[...]

Após mais algumas discussões entre eles Elize e Issei estavam no carro, parando perto do centro psiquiátrico, o moreno segurou a mão dela e disse que tudo ficaria bem. Issei abriu o porta-luvas do carro e tirou de lá duas alianças, ele pediu para que a garota colocasse e ele fez o mesmo. Os dois saíram do carro e pararam na recepção, os dois homens que estavam lá eram altos e fortes, não tinham traços japoneses.

Eles olharam a garota de cima a baixo, só então perceberam o olhar de desgosto que Issei estava lançando a eles. Um deles se debruçou sobre o balcão e sorriu ladino, olhando para os dois.

– Eu vim ver Yoshino Reika. — Elize disse.

– E quem é você? — O homem perguntou.

– Sou a filha dela. — Elize encarou o mesmo.

– Seus documentos, por favor. — Ele pediu e Elize os entregou.

– E quem é esse cara? — O outro perguntou.

– Sou o marido dela. — Issei disse firme.

– Me acompanhem. — O outro tirou o palito da boca e os guiou.

Elize estava nervosa, as coisas estavam tão confusas, ver a mãe depois de tanto tempo era tão estranho, parecia que o mundo estava desmoronando ao seu redor. Assim que o homem abriu a porta ela viu a mulher de cabelos pretos deitada na cama, ela estava abatida e não tão jovem quanto antes, mais magra e pálida, o coração de Elize doía.

A morena ficou parada, distante, vendo-a do outro lado, Issei tocou os ombros de Elize e sorriu, fazendo ela se aproximar da cama onde a mãe estava deitada enquanto repetia diversas vezes "me perdoe, Masano".

 𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora