– Tente não chegar atrasado, Bailey, por favor. — Elize suplicou ao olhar o amigo terminando de abotoar a camisa.– Não se preocupe, linda, o papai aqui só vai resolver umas coisinhas e vai aparecer na festa da Miwa quanto menos esperar! — Bailey beijou a bochecha de Elize e saiu pela porta dançando algo que ela não sabia o que era.
Bom, naquele dia todos realmente esperavam que Bailey fosse aparecer meio bêbado na festa da namorada e cantar alguma música que ela gostava, mas infelizmente não foi o que aconteceu, Bailey foi assassinado, quando a notícia chegou, todo estavam sentados no sofá da casa de Miwa após a festa, quando o telefone de Elize tocou.
Era Bailey, mas não era ele do outro lado, era uma voz assustada, de um garoto que deveria ter uns quatorze anos de idade, ele dizia desesperadamente que havia achado o corpo do dono do telefone e que o número de emergência era esse. Naquele momento Elize não sabia o que fazer, seu peito subia e descia, o garoto havia dito que chamou os médicos, mas que já era tarde.
Naquela noite Miwa surtou, como pôde o seu único amor ser morto dessa forma? Bailey tinha vinte e três anos idade, ele se metia em umas coisas erradas mas nada que pudesse comprometer sua vida, ou pelo menos foi isso que todo mundo achava. Bailey tomou três tiros, o assassino sabia bem como ocultar suas coisas o que é claro dificultou bastante o trabalho da polícia.
(...)
Alguns meses haviam se passado depois daquilo, de fato Elize e muito menos Miwa haviam superado tudo aquilo, foi tudo tão rápido, tudo tão doloroso, como elas poderiam superar? No entanto, os outros amigos percebendo toda aquela pressão resolveram chamar as duas para uma pequena festa.
Miwa foi contra a ideia, pelo menos até Elize dizer que se ela realmente não gostasse as duas iriam embora na hora, a outra concordou sem pestanejar, e lá estavam elas, chegando em uma casa luxuosa, cheia de pessoas, tocando uma música alta o suficiente fazendo seus ouvidos doerem.
Miwa se sentiu desconfortável, ela quis ir para casa, Elize iria cumprir a sua promessa, ela também pegou as coisas e disse que iria também, mas a garota de cabelos castanhos recusou, disse que Elize tinha que viver e se colocou dentro de um táxi e foi para casa.
Elize não era o tipo de garota festeira, mas ela fazia um sacrifício vez ou outra, ela logo avistou Kenma, eles haviam feito uma parte do ensino médio juntos, antes da garota ir para LA e ele ficar no Japão, mas agora todos estavam na cidade dos anjos.
– Kyanma! — Elize agarrou o corpo do loiro e ele abraçou a cintura dela.
– Lizzie, você deveria parar de me chamar assim. — Kenma disse de um jeito preguiçoso.
– Ah, o que é isso, Kyanma? Vai dizer que agora você é tímido? — Elize encarou o meio loiro com um sorrisinho.
– Que se foda. Você quer? — Kenma estendeu o baseado.
Elize simplesmente tomou da mão do amigo e puxou, soltou e puxou mais uma vez prendendo o conteúdo, expirando a fumaça.
Kenma não era muito sociável, ele estava lá em pé mexendo no celular enquanto a morena brincava com os fios dele e segurava o baseado. O loiro ficou tenso e se virou para a amiga.
– Escute, princesa, eu vou ter que dar uma saída, você vai ficar bem? — Kenma disse enquanto enfiava o celular no bolso.
– Vou sim, quero encher a cara hoje. — Elize brincou.
– Não morra. — Ele beijou a testa dela e saiu.
Elize continuou ali por um tempo, não era tão bom fica sozinha nessas festas, andou um pouco e achou um pessoal bebendo, não tinha intenção de se enturmar até então, pegou um copo com vodka e virou, sentindo aquele líquido queimar o seu interior.
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𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔
Romance• art credits: @jijiooe (twitter) "Agora que eu experimentei, acho que eu sufocaria, por cada segundo que você não está ao meu lado. Mas agora estou preso no portão da propriedade de Lúcifer. Eu me apaixonei por uma garota que conheci no inferno." E...