• art credits: beavia1 (twitter)A noite chuvosa com aqueles trovões e relâmpagos eram assustadores, principalmente para o pequeno garoto de cabelos castanhos que se escondia embaixo das cobertas e pedia silenciosamente para que tudo isso passasse logo para que ele voltasse a dormir tranquilamente. Foi então que o pequeno sentiu uma mão sobre a dele e tirou lentamente o tecido de seu rosto choroso e encarou o irmão, que tinha um olhar perdido, foi então que ele chorou mais enquanto puxava o irmão.
O garoto de olhos mais escuros soltou uma risadinha, fazendo o pequeno de olhos cor de mel o olhar sem entender muito bem, mas ele se encolhia na cama.
– Não precisa ter medo, Tsumu. — Ele disse.
– Mas é tão assustador! — Atsumu choramingou.
– Não é. Olha só, chuva é legal. Você não precisa ter medo, eu estou com você. — Osamu sorriu.
– Segure a minha mão, Samu! — Atsumu a estendeu.
– Claro, claro. Você se sente melhor? — O garoto sorriu.
– Sim! Samu, você vai continuar aqui? — Atsumu o olhou.
– Eu vou, mesmo depois que a chuva passar eu vou estar aqui, Tsumu, afinal, você é o meu irmãozinho medroso. — Samu riu e viu um bico de formar nos lábios de Tsumu.
Atsumu sorriu para o irmão, sabendo que mesmo que a tempestade viesse, ele seguraria a mão de Osamu, mesmo depois que ela passasse. Além das estrelas eles ainda iriam segurar a mão um do outro. Atsumu olhou para Osamu, que tinha o olhar agora voltado para a janela, onde a chuva batia. Ele não entendia ainda, o quão pesadas aquelas palavras poderiam ser em um futuro próximo.
"Eu ainda preciso de você ao meu lado para segurar a minha mão, Samu".
Elize estava deitada ao lado de Atsumu, os dois encaravam o teto branco, ele havia ido visitá-la no outro dia, mas a morena não conseguia formular uma única frase sequer, então eles apenas estavam aproveitando a companhia e o silêncio um do outro. O vento lá fora já indicava que o tempo havia esfriado, o loiro colocou o antebraço sobre os olhos, então Elize viu lágrimas, ela queria poder saber usar as palavras certas, mas estava tão quebrada quanto.
Então ela segurou a mão dele, ele apertou os lábios, tentando reprimir o choro, ela alisava as costas da mão dele, não precisava de muito, ele só queria um ombro para chorar.
– Me desculpe, Tsumu. — Ela sussurrou.
– Não precisa pedir desculpas, Elize. — Ele sussurrou de volta.
– Se eu pudesse fazer algo para trazê-lo de volta, eu faria isso. — Elize começou a dizer.
– Eu sei que sim. — Ele limpou as lágrimas e a olhou.
– Tá doendo, Tsumu, eu não sei o que fazer. Eu sinto muito, eu realmente sinto muito... eu apenas sinto muito. — As lágrimas saíam pelos olhos dela.
– Está tudo bem, Elize. Não chore. Aqui, segure a minha mão, segure o quanto quiser. — Ele sorriu e ela assentiu.
Do outro lado da porta, Kenma ouvia tudo atentamente, parte dele sabia o que aquilo significava, então ele passou direto depois, indo até outra sala. Ele encontrou Satori com um cara mais alto de cabelos castanhos, ele usava um terno e olhava fixamente para o lado de de fora, Kuroo apenas se mantinha no canto, enquanto fumava, as palavras de Elize se culpando e se desgastando com aquilo afetava Kenma, ele queria poder resolver tudo aquilo contando a ela toda a verdade, mas ainda não podia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔
عاطفية• art credits: @jijiooe (twitter) "Agora que eu experimentei, acho que eu sufocaria, por cada segundo que você não está ao meu lado. Mas agora estou preso no portão da propriedade de Lúcifer. Eu me apaixonei por uma garota que conheci no inferno." E...