Elize estava sentada ao lado de Rosy, elas duas estavam conversando, constantemente a morena sentia vontade de chorar por lembrar que agora sua menina não era mais uma criancinha. Quatro anos haviam se passado em um piscar de olhos e agora Rosy estava com 22 anos e se mudando para outro país e, sozinha, para começar a trabalhar com o que ela tanto gostava. Rintarou sabia que Elize havia ficado um pouco mais deprimida quando a garota disse que iria embora, mas ele nunca a ouviu contestar a decisão de Rosy, ela apenas a apoiou e disse que poderia contar com ela.Rosy tinha os cabelos presos em uma trança, as malas estavam sendo preenchidas enquanto elas conversavam sobre algumas coisas. Elize ficou mais tranquila ao saber que Wade estaria por perto caso ela precisasse, então ela parou, Rosy olhou para a mãe que chorava em silêncio.
– O que houve, mamãe? Você não está de sentindo bem? Quer sentar? Vou chamar o Rintarou. — Rosy se desesperou e sentiu a mão da mãe em seu braço.
– Está tudo bem, meu amor. Eu só estou um pouco emotiva, nada de mais. — Elize sorriu.
– Oh, mamãe... Eu vou sentir muito a sua falta também, todos os dias, todas as horas. Eu te amo, você sabe, não é? Você me tornou o que eu sou hoje. — Rosy começou e ela viu Elize puxar o ar.
– Eu também te amo, querida. Você sempre vai ser a minha menininha, sempre a minha Rosy. Eu só... sinto que estou te perdendo, sem realmente entrar em seu mundo. — Ela riu um pouco.
– Não diga isso, mamãe... — Rosy sorriu triste.
– Estou feliz sempre que posso compartilhar da sua risada, da minha garotinha engraçada. Agora escorrendo pelos meus dedos o tempo todo, crescendo e indo em busca dos seus sonhos. Eu tenho orgulho de você, Rosy. Obrigada por ter me deixado ser a sua mãe. — Elize disse e então Rosy a abraçou enquanto chorava.
– Obrigada por ser a minha mãe. Eu nunca vou me esquecer de nada disso, de como você me acolheu e me tornou sua família. Obrigada por tudo, mamãe. — As lágrimas saindo sem parar de seus grandes olhos castanhos.
– Você sempre vai ser a minha família. E lembre-se, Roslyn, eu sempre vou estar aqui, meus braços sempre estarão abertos para você. — Elize acariciava os cabelos da filha, que agora, já era uma mulher.
– Eu te amo muito, muito mesmo! — Rosy fungava.
– Eu também te amo muito, querida. Você me salvou quando eu mais precisei, você é a razão pela qual eu lutei e, então, ver você agora, saudável, feliz e seguindo seus sonhos, me faz realmente acreditar que fiz um bom trabalho. — Ela sorriu.
– Promete que vai me esperar? — Rosy a olhou.
– De dedinho. — Elize estendeu o dedo.
– De dedinho. — Ela entrelaçou o mindinho ao da mãe.
Rintarou estava no batente da porta observando as duas mulheres chorando enquanto abraçavam uma a outra. Para ele, não existia amor mais puro, ele sabia que um dia isso iria acontecer, e também aconteceria com Lucien e Akihiko e que ele deveria estar preparado para ver seus passarinhos saírem do ninho e começarem a bater suas asas por aí. Mais tarde naquele dia, Callan e Cobra apareceram por lá, o moreno de orbes azuis não conseguiu conter o choro, ele tinha um enorme carinho por Rosy, que o abraçava e o agradecia por cuidar dela.
Cobra a abraçou também, ele não poupou elogios e disse estar orgulhoso dela também. Ela ainda teria mais alguns dias para poder se despedir de todos. Quando anoiteceu ela foi ver Eric, ele sorriu ao vê-la, um sorriso genuíno e feliz, ele sabia que ela era uma grande mulher, com sonhos e ambições, assim como a mãe.
– Como você está, vovô? — Rosy se aproximou do mais velho.
– Estou bem, devo admitir, estou bem melhor agora sabendo que pude ver você crescer e se tornar essa mulher que é hoje. — Eric disse e a garota o olhou chorosa.

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𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔
Romance• art credits: @jijiooe (twitter) "Agora que eu experimentei, acho que eu sufocaria, por cada segundo que você não está ao meu lado. Mas agora estou preso no portão da propriedade de Lúcifer. Eu me apaixonei por uma garota que conheci no inferno." E...