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Enquanto estavam no carro a morena olhava pela janela, vendo aquelas paisagens que fariam o coração de qualquer pessoa se aquecer. Eric dirigia enquanto Callan ia no banco do passageiro ao lado do mais velho. Sete horas dentro daquele carro foi algo tranquilo apesar das pausas, como agora, eles pararam um restaurante, as pessoas pareciam respeitar Eric.

Eles estavam rodeados de homens de preto, ela pensava em como aquilo não era nada discreto e deixou que eles andassem na frente dela, mas viu Callan parado ao seu lado.

– O que houve? — Callan perguntou.

– Esse lugar está muito cheio. — Elize suspirou.

– Quer que eu diga ao seu pai? — Callan a olhou.

– Nah, de qualquer forma eu preciso comer. — Ela voltou a andar deixando ele para trás.

– Não se afaste assim. — Callan a acompanhou.

– Eu só estava a cinco passos de você, Callan. — Elize arqueou uma das sobrancelhas.

– Todo cuidado é pouco, eu já te disse. — Callan mostrou a mesa.

Elize olhou para Callan e depois foi se sentar, ela viu um outro cara puxar a cadeira para ela, a morena agradeceu e viu Eric olhar o cardápio. Realmente não estava com fome, mas todos eles alí estavam de olho em sua alimentação. A mulher suspirou e abriu o cardápio, realmente não havia nada que lhe chamasse a atenção.

Elize sentiu vontade de vomitar, era como uma ânsia que batia forte e depois passava. Eric a olhou enquanto ela mantinha os olhos no cardápio.

– Vou ao banheiro. — Elize se levantou.

– Tudo bem. — Eric disse e Callan se levantou.

– Callan, você não precisa me acompanhar até o banheiro. — Elize o olhava.

– Pedido recusado. — Ele disse.

– Sério? Isso é sério? Vamos, Callan, fique aqui. — Elize disse e saiu andando.

– Sabe que não posso. — Callan disse atrás dela.

– Isso é estranho! As pessoa estão olhando! — Elize se virou.

– Deixe que olhem. Além do mais, eu só vou ficar na porta. — Callan disse.

Eric riu de longe e depois a garota adentrou o toalete feminino e se olhou no espelho, estava deplorável ainda. Ela suspirou e adentrou o banheiro, baixou a calça e aliviou sua bexiga, ela conseguiu subir a mesma mas não fechá-la, começou na se amaldiçoar por isso, queria muito poder tirar o gesso.

Ela saiu do banheiro segurando enquanto olhava para Callan que tinha a mesma cara de paisagem de sempre.

– Qual é o problema? — Callan se virou.

– Não consigo fechar a calça. — Ela disse.

– Eu fecho. — Ele disse simplista.

– Sai fora. — Ela se virou.

– Vamos, Elize, não seja teimosa. — Callan a puxou para o canto e fechou.

– Que tipo de segurança é você? — Elize o olhava incrédulo.

– Um normal? Não precisa se sentir envergonhada por isso, o motivo pelo qual Luigi me escolheu é para que eu passa te ajudar independente da situação, mesmo que seja fechar o zíper da sua calça. — Callan enfiou as mãos nos bolsos.

– Tá... — Ela saiu.

[...]

O resto da viagem foi sem pausas, eles chegaram até as casas, mas não era ali que ficariam. No dia seguinte seria o "enterro" de Stephen, então eles ficariam ali por mais um dia até irem para casa. Ainda eram 18h da tarde, eles adentraram a casa que até então era usava para reuniões, mas o andar de cima haviam quartos. O quarto de Elize ficou de frente para o de Eric e ao lado de Callan, ela tomou banho e depois desceu, eles iriam jantar na casa dos De Angeles e ela poderia ver Rosy novamente.

 𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora