𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔

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Havia muitas pessoas naquela sala, Elize sentia como se a qualquer momento ela fosse explodir. As pessoas se juntaram para pessoalmente terem uma conversa e formar uma aliança com ela, mas ninguém havia dito ser algo fácil. Alguns rostos ali eram conhecidos, mas ela apenas passou por eles depois de um aceno com a cabeça e entrou na sala que antes era de Eric. A morena soltou o ar que nem sabia estar prendendo, suas mãos estavam suando.

Callan estava colocando um pouco de água para a amiga que segurava a mesa como se a qualquer momento fosse quebrá-la.

– Elize, respire. Vai dar tudo certo. — Callan disse.

– Callan, eu não faço ideia do que eu estou fazendo. — Elize segurou o copo um pouco trêmula.

– Estou aqui com você, eu não vou deixar que eles te sobrecarreguem. — Callan segurou a mão dela.

– Obrigada. — Ela sorriu enquanto se sentava na cadeira e arrumava o porta-retrato de Masano.

– Tudo pronto? — Era Nancy, uma das seguranças.

– Tudo. — Elize assentiu e então uma mulher entrou.

Uma mulher negra de cabeça raspada e um e setenta de altura acabara de entrar na sala. Ela usava um vestido preto que ia até seus joelhos, era bem apertado, acentuando bem suas curvas, a mulher também usava grandes argolas douradas. Elize se levantou e apertou a mão da mulher em sua frente, às duas se sentaram e Elize viu Callan olhar para o papel.

Havia o nome de cada pessoa que entraria por aquela porta e Elize tinha de ser esperta o suficiente.

– É um prazer conhecê-la, senhora Quinn. — Elize disse.

– Digo o mesmo. Não precisamos de toda essa formalidade, você pode me chamar de Jewel. — Ela sorriu.

– Bom, como quiser. Vamos aos negócios? — Elize a olhava.

– Claro. Bom, eu sou dona de uma enorme transportadora de vinho, e também de um grande carregamento de armas, eu preciso de um passe. — Jewel dispensou qualquer formalidade.

– Jewel, acredito que saiba que a aliança que estamos formando é para um perigo eminente, não é? — Elize cruzou as pernas.

– Claro! E você terá o meu total apoio se me arranjar o passe. — Jewel a encarou.

– Foi ótimo fazer negócios com você, Jewel Quinn. — Elize apertou a mão dela novamente.

A mulher sorriu e logo as portas foram abertas, revelando Cobra como um dos seguranças, ele sorriu para Elize e em seguida virou seu olhar para a mulher, a qual ele lançou um de seus olhares maliciosos, Callan apenas balançou a cabeça em negação. Logo um homem acompanhando de mais outros dois entrou, ele era alto e tinha um cabelo longo, com as laterais bem raspadas, quase como se fosse um mullet, ele também tinha uma franja na testa.

Aquele era um parceiro que Elize com certeza não poderia deixar sair de mãos vazias. O homem se apertou a mão de Elize e se sentou, sempre com seus dois "cães" de guarda bem atentos.

– Seja bem-vindo, senhor Lian Feng. — Elize o olhava.

– Não sabia que era mestiça. — Ele disse, era um pouco narcisista.

– Oh, bom, eu sou. — Elize sorriu.

– Me diga, senhorita Constantine, o que eu vou ganhar? — Feng mexia em seus anéis de ouro.

– Me diga o senhor o seu preço. — Elize se manteve na postura.

– Você é igualzinha ao Eric. — Ele sorriu.