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Lucien sabia que cada passo dele era monitorado pela "sombra", os homens da elite que estavam ao redor de tudo, até mesmo na escola eles estavam. Vicente olhou para o amigo que vasculhava uma área que ele não sabia onde ficava. Assim que ele acabou as coordenadas foram enviadas ao celular reserva que ele mantinha. Eles fizeram um "toca aqui" com os punhos e saíram do quarto. Francesco estava conversando com Rintarou sobre algo que provavelmente era muito importante, mas assim que os garotos apareceram eles pararam.

Elize estava ao lado deles, mas ela estava com um ‘tablet’ nas mãos, aquele que Vicente viu o pai pegando mais cedo antes de virem. Lucien se aproximou e beijou o rosto de Elize e bateu os punhos com o pai antes de saírem.

– Eles estão atrás de nós. — Lucien sussurrou.

– Onde? — Vicente olhou em volta.

– Por toda parte, Vicente. — Lucien entrou no carro assim os outros dois.

– E então, Lucien, ansioso para mudar de escola? — Francesco perguntou.

– Bom, nem tanto, afinal, Akihiko vai ficar triste por estar sozinho. — Lucien disse enquanto olhava para o lado de fora.

– Logo ele também passará. — Francesco completou.

– Parece que foi há alguns dias que ele nasceu e olha só agora. — Um sorriso apareceu ligeiramente nos lábios do garoto.

– É, passa bem rápido mesmo. Dante e Agnes também já estão na escola, espero que eles não deem tanto trabalho quanto Vicente. — Francesco riu.

– Só pra você saber, eu estiquei o braço ele veio correndo e bateu o rosto no meu punho. — Vicente rebateu.

– Vicente, eu vi você socando a cara dele. — Francesco olhou para o filho.

– Foi em legítima defesa! — O meio loiro choramingou.

– Você não pode bater em alguém só porque ele disse que o Batman não é legal. — Francesco riu.

– Eu não bati nele só por isso. Eu também bati porque ele disse que o flash não é o cara mais veloz. Onde já se viu isso? — Vicente estava indignado.

– Fico me perguntando como eu virei seu amigo. — Lucien disse e Vicente o olhou indignado.

[...]

Assim que eles chegaram ao restaurante Francesco se despediu, os dois garotos entraram no estabelecimento, eles viram Ulrich sentado enquanto conversava com Stephen, também havia Luca do outro lado do balcão. Os meninos se apressaram e passaram para o outro lado do balcão. Luca afagou a cabeça deles e os viu adentrar a cozinha, Stephen sempre ficava feliz ao vê-los e hoje não seria diferente. Lucien acenou para o homem, enquanto Vicente pedia para experimentar o que ele estava fazendo.

Os garotos seguiram para o andar de cima, onde ficava o escritório de Stephen, era um bom esconderijo, ele sabia que lá ninguém da sombra iria ver o que eles estavam fazendo. Lucien se aproximou da mesa de Stephen para pegar uma caneta e riscar a folha que ele tinha em mãos, mas ele parou assim que olhou para o porta-retrato na mesa.

Havia uma foto de Stephen e Elize, ela estava vestida de noiva e sorrindo, enquanto ele usava terno, era o casamento deles. Nunca foi novidade para Lucien sobre o casamento, mas ele não sabia que Stephen ainda nutria sentimentos pela mãe.

– Encontrou? — Vicente perguntou.

– Sim... bom, enfim- — Lucien voltou ao lugar de antes.

– Antes de você começar, me diz, se alguém descobrir nós vamos nos ferrar? — Vicente o olhou.

 𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora