Era véspera de natal, ainda cedo, e frio. Elize dormia tranquilamente em seu quarto, aquecida por seus edredons cheirosos e fofos, na cama king size. No entanto, seus sonhos não traziam tanta alegria quanto aquela casa, poderia dizer que estava tendo um pesadelo, aqueles que se tornaram rotina e que a fazia ter noites mal dormidas, olheiras que ela escondia com base.Mas ela estava ela, no chão, chorando, um choro sofrido. Naquele pesadelo Elize era apenas uma criança, estava de cócoras no chão, enquanto seu vestido vermelho estava sujo de terra, suas pequenas mãos tentavam incansavelmente enxugar as lágrimas.
De repente uma mão em seu ombro, ela era quente e a fez se acalmar. Elize não via seu rosto, mas pôde ver o vestido branco, um sorriso se formou no rosto da mulher.
– O que houve, amor? — A voz doce soou.
– Eu quero ir para casa. — Ela chorava.
– Oh, docinho... — Ela puxou a pequena Elize para um abraço.
– Quero o papai... — Ela chorava enquanto a mulher a aconchegava em seu peito.
– Você recebeu amor o suficiente, meu pequeno passarinho? Por que você chora? Desculpe por ir embora, mas infelizmente aconteceu, mesmo que não pareça certo. Perdoe a mamãe, Elize. — A mulher chorava agora.
O rosto antes coberto, agora revelava Masano, ela tinha um sorriso no rosto apesar de chorar. Tudo o que ela queria era poder estar ao lado de sua garotinha, cuidando e amando, ser a mãe que ela sempre quis ser. Cuidando de seu bebê como ela queria, ao lado do amor de sua vida. Elize olhava para a mulher que a abraçava, a garotinha sorriu pequeno, alcançando o rosto da mãe.
A jovem Elize olhava para aquela imagem, como se fosse alguma espécie de espelho ou alguma quarta parede que acabara de ser quebrada. A morena viu Masano se levantar com a pequena Elize em seus braços e se virar para ela, que assistia.
– Eu tenho orgulho de você, Elize. Eu te amo. — Masano disse enquanto passava a mão nas costas da pequena.
– Mãe... Mãe, não vá! — Ela gritou.
– Oh, meu bebê, eu sempre estarei em seu coração. Assim como também sempre estarei no coração de seu pai. — Ela disse.
– Eu não sei o que fazer, mãe... — Ela chorava.
– Vai saber, você é forte. Você é minha filha. — Masano a via chorar.
– Não sou como você... — Elize disse baixo.
– Claro que não... Você é melhor, bebê. Eu confio em você, Elize. Eu te amo mais-que-tudo nesse mundo. — Masano beijou o rosto dela, mas tudo o que Elize sentiu foi algo quente em seu rosto.
Elize abriu os olhos, sentindo as lágrimas descerem, e em seguida viu as mãos de Rosy em seu rosto, ela parecia um pouco assustada. A morena rapidamente saiu de seu transe e se sentou na cama, vendo um sorriso surgir no rosto da menina que começou a falar várias coisas de uma vez, e de repente ela saiu correndo do quarto, fazendo Elize ouvir a risada de Eric e Luigi do andar debaixo.
Ela foi até o banheiro e fez sua higiene matinal e pegou o roupão no cabideiro e colocou, estava frio ainda, ela usava meias nos pés e ouviu Rosy.
– Mãe, está nevando! Está nevando! — A garotinha estava agarrada na janela.
– Se acalme, querida. — Elize começou a descer as escadas.
– Rápido, mãe! Olha só! Está nevando! — Rosy subiu as escadas e segurou a mão da mulher.
– Está... — Os olhos de Elize pareceram brilhar, cheio de lágrimas.
– Nós podemos ir lá fora? Por favor! Está tudo branco! — Rosy abriu os braços.
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𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔
Любовные романы• art credits: @jijiooe (twitter) "Agora que eu experimentei, acho que eu sufocaria, por cada segundo que você não está ao meu lado. Mas agora estou preso no portão da propriedade de Lúcifer. Eu me apaixonei por uma garota que conheci no inferno." E...