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Elize conversava com Lucien e Rosy, enquanto observava Rintarou no quintal andando com bebê em seus braços. O garotinho que estava jogado nas pernas da mãe enquanto comia uma maçã se virou para encarar a mulher, ela logo sentiu o olhar do filho mais velho e o levantou, enchendo de beijos no rosto dele, e depois repetindo o mesmo com Rosy. Rintarou surgiu um tempo depois com Akihiko que tinha o rosto vermelho, ele parecia ter chorado, os olhos verdes oliva dele pareciam sempre mais claros quando ele chorava.

– O que foi, Aki? — Ela perguntou ao bebê que cessou o choro assim que ouviu a voz da mãe.

– Ele tá com fome, mãe. — Lucien disse e os outros riram.

– Sim, acho que ele está. — Elize disse e sentou novamente com o bebê nos braços.

– Sempre chorando para ter a mamãe só pra ele. — Rintarou riu e beijou os lábios de Elize.

– Lucien também chorava muito quando era bebê. — Rosy disse e o irmão do meio rapidamente se virou.

– Eu não fazia isso! — Lucien apesar de ter apenas três anos, tinha um vocabulário bem vasto.

– Fazia sim. — Rintarou afagou a cabeça de Rosy e Lucien.

– Mãe, isso aí não dói? — Lucien apontou para Akihiko que sugava o seio da mulher com certa pressa.

– Bom, doeu a primeira vez, hoje não dói mais. — Ela disse.

– Oh... O vovô vem hoje? — Ele rapidamente mudou de assunto.

– Eu não sei, Luci. Vamos ligar pra ele? — Rosy rapidamente se levantou.

– Vamos! — Lucien comemorou e saiu correndo do cômodo com Rosy.

Rintarou sorriu, ele se sentou ao lado de Elize passou o braço pelos ombros da esposa. A morena apoiou a cabeça ali, enquanto Aki olhava para o rosto da mãe, ele largou o seio e ficou olhando para Elize, que rapidamente o olhou de volta. Rintarou sentiu seu coração bater mais rápido e cheio de alegria quando ele sorriu para a mulher que conversava com o bebê fazendo uma voz engraçada. Ele procurou o celular no bolso para gravar aquele momento, mas não o achou, ele se amaldiçoou por isso. O celular de Rintarou era cheio de fotos de Elize e das crianças, ele sempre olhava para cada uma delas quando tinha que sair, Daisuke sempre ficava surpreso vendo a semelhança entre Akihiko e Suna, pois eles se pareciam muito, principalmente quando Rintarou era bebê.

Aqueles inocentes olhos, os sorrisos em seus rostos, aquilo tornava tudo mais fácil. Rapidamente ele saiu de seus pensamentos ao ouvir Lucien conversando atrás de Rosy, também fazendo com que Elize logo olhasse para as duas crianças que estavam voltando para a sala.

– Pra onde você vai amanhã? — Ele perguntou.

– Vou pra casa do meu pai, Luci. — A menina disse.

– Seu pai? Mas olha aqui o papai! — Ele apontou para Suna.

– Ele não é meu pai, Luci. — Ela riu.

– Quê? — Lucien olhou para Rintarou.

– Lucien meu amor, o seu papai não é papai da Rosy. Ela tem um papai diferente. — Elize disse.

– Por quê? — Ele se aproximou dos pais.

– Bom, porque o seu papai é o Rintarou, e o papai da Rosy é o Wade. Se lembra do tio Wade, bebê? Ele se casou teve Rosy, eu me casei com seu pai e tive você. — Elize ajeitava o cabelo dele.

– Mas você gosta da Rosy, né, papai? — Lucien o olhou.

– Claro que gosto, pequeno. — Rintarou riu.

 𝐓𝐖𝐎 𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ─ 𝐒𝐔𝐍𝐀 𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀𝐑𝐎𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora