51. [Lacunas] Parte 36

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Noite de quinta-feira.

Após aquela conversa, digamos... Enigmática com Hilda, à caminho do elevador, os dois partem para o aeroporto como um casal mesmo em lua de mel. 

Eles chegam ao destino final no meio da madrugada. Helena está exausta, tanto que foi boa parte do caminho recostada em César, alternando entre cochilos e algumas conversas curtas, sempre encerrada com carinhos de César, que tornava a pedir pra que ela descansasse.

Como em todos os encontros que César sempre produziu para ela ao longo da vida toda, o local escolhido por ele é de extremo bom gosto: um cantinho cercado por natureza, como Helena gosta e, para acomodá-los, um chalé privativo rústico, bem decorado, todo a meia luz, com lareira, uma cama convidativa e uma banheira sugestiva rodeada por vidros que revelam a vista linda do local.

Como em todos os encontros que César sempre produziu para ela ao longo da vida toda, o local escolhido por ele é de extremo bom gosto: um cantinho cercado por natureza, como Helena gosta e, para acomodá-los, um chalé privativo rústico, bem decorad...

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Quando adentram, Helena esboça um sorriso em silêncio, avaliando todo o local e, mais uma vez, fica admirada com o cuidado de César. Parece que ela volta no tempo toda vez que ele realiza algo assim, cheio de esmero... Helena é das atitudes mais intempestivas, muito mais passional que César. Mas essa parte da conquista, das grandes produções, do galanteio... Ah, isso sempre foi terreno de domínio dele. Ele gosta e gosta de fazê-lo para e com ela. É como se, a ela, ele desejasse ou, quem sabe, precisasse conquistar a cada dia. Com Helena, ele sempre fez questão de manter essa parte do namoro eterno, essa chama que nunca se apaga, apesar da rotina.

César nota o estado de observação de Helena, aquela carinha de quem avalia tudo. Ele deixa as malas em algum canto e, por fim, quando Helena se dá conta, percebe que ela está há alguns minutos sozinha; nisso, sentada por alguns instantes em uma poltrona, ela vê como em um filme a trajetória que percorreu desde o início do ano para, enfim, estar ali, vivendo aquele sonho pessoal de, enfim, ser feliz e... Ser feliz com o grande amor da sua vida. Seus olhos até marejam.

Seu pensamento é distraído pelo retorno de César que, em passos largos e calmos, com um sorriso, caminha em direção a ela e vai apoiando seus braços nas laterais da poltrona, forçando Helena encostar seu corpo a medida que, avassalador como ele sabe ser, vai invadindo a boca dela em um beijo sensual, permeado de movimentos lentos.

César: Gostou?

Helena: Hum, meu bem. E como. Você sempre pensa em tudo.

Eles trocam mais um beijo e, tocando no rosto dele, ainda naquele chamego bom pós beijo, Helena começa se levantar e se afastar, mexendo em sua própria mala.

Helena: Estou tão cansada, meu bem. Essa cama está me chamando, se você quer saber. Vou tomar um banho e... Deitar. Juntinho de você.

De longe, César a observa se desfazendo de parte da roupa e prendendo os cabelos para entrar no banho. Com aquela cara que Helena conhece bem, a cara de quem quer insinuar bem além do que diz, ele instiga:

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